Uma das ações de 2012 durante o Design Weekend em São Paulo ©Reprodução
Acontece a partir desta quinta-feira (15.08) e até domingo (19.08) a segunda edição do Design Weekend (DW!), festival que reúne palestras, cursos, feiras, exposições e shows em vários pontos da cidade. Idealizado por Lauro Andrade, CEO da empresa de marketing Summit Promo e com curadoria do arquiteto e diretor de redação da “Casa Cláudia”, Pedro Ariel, o evento pretende aquecer o mercado e promover o design nacional e internacional, e as suas relações com áreas como arte, arquitetura, urbanismo, decoração, negócios e inovação tecnológica. Criado nos mesmos moldes da Semana de Design de Milão e do Festival de Design de Londres, a 1ª edição da iniciativa contou com mais de 300 eventos simultâneos, 160 parceiros e mais de um milhão de visitantes.
Este ano, a maioria dos eventos é gratuita e aberta ao público, com exceção da mostra na Fundação Oscar Americano e da exposição do projeto MADE, no Jockey Clube de São Paulo. Na área da moda, o estilista Walter Rodrigues explicará o seu processo de criação por meio dos croquis, tecidos e as anotações que dão origem aos seus designs na Universidade de Belas Artes. Ainda, a artista plástica Catarina Gushiken realizará um live painting no dia 17 de agosto, a partir das 16h, na rua Belmiro Braga, na Vila Madalena, que contará também com uma performance do dançarino Satoru Saito e um editorial de moda fotografado por Alexandre Wittboldt com a modelo Marina Dias. Ambos abertos ao público.
O projeto de revitalização da Praça Aspicuelta na Vila Madalena que conta com ações de crowdfunding e debates ©Divulgação
O FFW conversou com Lauro Andrade, que explicou um pouco quais os objetivos da iniciativa e a sua relação com urbanismo e cultura. Confira:
O DW! ainda está na 2ª edição e já é considerado o maior festival de design urbano da América Latina. Como isso aconteceu?
Aconteceu porque o que fazemos não é um evento pontual, é uma plataforma em que participam lojas, marcas, universidades e galerias. Trazemos não só a divulgação do design no país como um movimento, mas também uma oportunidade de negócio, de buscar inovação em várias áreas, e de aplicar o design no dia-a-dia. Queremos ser uma data no circuito mundial do design.
Vocês se inspiraram em eventos semelhantes que acontecem em Londres e Milão. Como isso se traduz em São Paulo?
Queríamos criar uma mistura entre o espírito latino de festa da semana de Milão e a organização britânica da semana de Londres.
E que trabalhos desenvolvem durante o resto do ano?
Durante o ano apoiamos eventos dos nossos parceiros. Participamos das semanas de design internacionais e levamos grupos a palestras e exposições.
Imagem de um parklet em Nova York, ação que substituiu vagas de carros por parques para pedestres ©Reprodução
Qual o objetivo do projeto?
É colocar o design na agenda, consolidar o evento em São Paulo e criar uma cultura do design. Queremos deixar um legado. Resumindo, temos três entregas para concretizar: a primeira é colocar o design na agenda nacional. Não só abrindo a discussão, mas trazendo-o para perto de mais consumidores; a segunda é criar uma discussão para a cidade – temos um projeto chamado Zona Verde, inspirado nos parklets de Nova York, onde transformamos duas vagas de zona azul em um mini parque para pedestres e ciclistas. Temos cientistas sociais e pesquisadores avaliando a aceitação das pessoas para ser depois discutido em outubro na Bienal de Arquitetura. A terceira entrega é a discussão na Vila Madalena para a revitalização de áreas degradadas que conta com uma ação de crowdfunding, uma exposição e um debate com o jornalista Gilberto Dimenstein.
Vocês ainda não têm um tema para o festival. Pensam em ter?
Ainda somos jovens para nos limitarmos a temas, mas sabemos que em algum momento isso vai ter que acontecer.
+ Confira no site do evento a programação completa e organize o seu roteiro ou baixe o aplicativo criado especialmente para o evento.