FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade
    Tudo sobre David Bailey, ícone da fotografia de moda, tema de retrospectiva em Londres
    Tudo sobre David Bailey, ícone da fotografia de moda, tema de retrospectiva em Londres
    POR Redação

    Jane Birkin, em imagem de 1969 publicada no livro “Goodbye Baby & Amen” ©David Bailey/Reprodução

    Em “Blow Up – Depois Daquele Beijo”, obra-prima de Michelangelo Antonioni, David Hemmings interpreta Thomas, fotógrafo hiperativo que é personalidade de destaque no movimento cultural que floresceu no início dos anos 1960 em Londres, ou, como é mais conhecido, “Swinging London”. O filme, apesar de baseado no conto “Las babas del diablo”, do escritor Julio Cortázar, é fortemente inspirado na vida de David Bailey, ícone da fotografia (inclusive a de moda) e protagonista de célebres romances com Jean Shrimpton e Catherine Deneuve. De 6 de fevereiro a 1° de junho de 2014, quem estiver na capital britânica vai poder saber mais por meio da maior retrospectiva já feita de sua obra, patrocinada pela Hugo Boss na National Portrait Gallery. Nas paredes da galeria, retratos dos principais rostos dos séculos 20 e 21, como Mandela, Yoko Ono, Bob Dylan, David Bowie, Johnny Depp, Karl Lagerfeld, Grace Jones, Kate Moss, John Galliano, Alexander McQueen e Andy Warhol. Ao todo são 250 imagens selecionadas para a mostra, que é uma das maiores já exibidas na NPG.

    David Bailey em 1966 e 2010 ©Reprodução

    Hoje com 75 anos, Bailey nasceu em Leytonstone, área localizada a leste de Londres, em uma família de classe média. A Segunda Guerra Mundial, que aconteceu entre 1939 e 1945, marcou a infância do britânico, bem como a dislexia e dispraxia determinaram sua adolescência: pouco afeito aos estudos, Bailey abandonou a escola aos 15 anos para, durante cerca de três anos, intercalar inúmeros empregos temporários. Em 1956, no entanto, foi convocado para servir à Real Força Aérea (RAF) do Reino Unido em Singapura/Malásia, onde permaneceu até agosto de 1958. Em virtude da impossibilidade de praticar trompete ou quaisquer outras atividades de viés criativo, Bailey, que anteriormente queria ser como Chet Baker, comprou sua segunda câmera, uma Rolleiflex – a primeira máquina que usou foi uma Brownie, mas que pertencia a seus pais.

    Mick Jagger, em 1964 ©David Bailey/Reprodução

    Ao retornar para o Reino Unido, em 1958, Bailey decidiu adotar a fotografia como profissão: após adquirir uma Canon “Rangefinder” e tentar entrar, sem sucesso, na London College of Printing, tornou-se assistente de John French. Pouco depois, em 1960, passou a trabalhar como freelancer e iniciou uma parceria duradoura com a “Vogue” britânica, onde se estabeleceu como um dos grandes nomes da década ao criar retratos icônicos de celebridades como Mick Jagger, Andy Warhol, Roman Polanski e os Beatles. Paralelamente, Bailey capturou momentos históricos da “Swinging London”, fenômeno cultural que ele mesmo ajudou a criar e do qual foi protagonista, ao lado dos também fotógrafos Terence Donovan e Brian Duffy. Foi nesse período que Bailey conheceu a modelo Jean Shrimpton, com quem namorou por cerca de quatro anos.

    Capas da “Vogue” britânica de maio de 1966 e janeiro de 1975 ©David Bailey/Reprodução

    Ao longo da década seguinte, Bailey dirigiu três documentários, fotografou para álbuns de Marianne Faithfull, Rolling Stones e Paul Weller, editou mais de três livros e casou e se separou de Catherine Deneuve, além de continuar produzindo ativamente para as edições americana, italiana e britânica da “Vogue”. Em 1987, Bailey ganhou o Leão de Ouro do Festival de Cinema de Cannes por um filme que produziu para o Greenpeace. Sempre atuante, o fotógrafo ainda desenvolveu muitos projetos nos anos 1990 e 2000; em 2011, inclusive, recebeu a condecoração de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE) por sua colaboração com a arte. Em maio deste ano, Bailey foi uma das grandes atrações do primeiro seminário organizado pela “Vogue” britânica, onde, com muito bom humor, comentou sobre toda sua carreira.

    Jean Shrimpton, em 1961, e Catherine Bailey, esposa de David desde 1986, em 1983. As duas fotos foram tiradas na região do East End e estão presentes na exposição homônima ©David Bailey/Reprodução

    David Bailey é, definitivamente, um dos maiores ícones da fotografia do século 20. Ao imortalizar momentos ímpares da história de Londres, e da cultura ocidental em geral, o britânico influenciou toda a estética da imagem de moda contemporânea – ao lado, claro, de nomes como Richard Avedon, Cecil Beaton e Henri Cartier-Bresson. Para quem já teve seus trabalhos expostos na National Portrait Gallery e no Victoria & Albert Museum, a mostra “East End” é apenas mais um tributo, e uma aula antropológica.

     Veja mais da série “Ícones da fotografia”:

    – Robert Capa
    – Deborah Turbeville
    – Patrick Demarchelier
    – Paolo Roversi
    – German Lorca
    – Nick Knight
    – Steven Meisel
    – Tim Walker 
    – Helmut Newton

    + Veja na galeria abaixo mais imagens de David Bailey:

    Não deixe de ver
    Bebé apresenta seu mosaico de influências em “SALVE-SE”
    Por que a A24 é tão relevante?
    O desfile da Victoria’s Secrets de 2024 até tentou, mas agradrou?
    Nina Fernandes explica seu novo álbum “Bhangzwn”
    Madonna de véu para o desfile da Dolce & Gabbana
    Emily in Paris: tudo sobre o figurino da quarta temporada
    FFW Sounds: Charm Mone apresenta “CORRE”, seu primeiro álbum
    Nike e Lego firmam parceria para lançamentos em 2025
    Alice Caymmi apresenta versão deluxe de “Rainha dos Raios” no Teatro Oficina
    Billie Eilish se apresenta no encerramento das Olimpiadas de Paris 2024
    FFW