Zooey Deschanel ©Ellen von Unwerth/Reprodução
Seu primeiro papel de destaque no cinema foi lá em 2000, no filme “Quase Famosos”, como a personagem Anita Miller, mas ela realmente conquistou (e quebrou) o coração de muita gente nove anos depois, em “(500) Dias com Ela”. Sim, é de Zooey Deschanel que estamos falando, a Summer Finn que fez Tom Hansen, interpretado por Joseph Gordon-Levitt – e praticamente qualquer alma que tenha visto o filme – chorar. A boa notícia é que Zooey, que andava mais concentrada em sua carreira paralela de cantora – está de volta em um seriado americano do canal Fox, em que interpreta uma garota que tem tudo para ser tão cativante quanto Summer foi.
Cenas de “New Girl” ©Reprodução
“New Girl” é uma comédia de Liz Meriwether, em que Jess Day, vivida por Zooey, é uma professora de 20 e poucos anos que levou um fora épico do namorado e precisa, nas palavras de Liz, “reencontrar sua própria mágica”. Jess, que é excessivamente positiva e honesta, e um tantinho pateta, vai morar em um novo apartamento com três caras solteiros. É difícil assistir ao trailer e não torcer de cara pela personagem, que adora cantar mesmo nos momentos mais inapropriados e faz umas carinhas esquisitas usando óculos geeks enormes.
Os roommates de Jess são Nick (Jake Johnson, de “Sexo sem Compromisso”), um garçom com mais maturidade do que os demais colegas de apartamento, Schmidt (Max Greenfield, de “Ugly Betty”), que acredita piamente que é o Casanova dos dias de hoje, e Coach (Damon Wayans Jr., de “The Underground”), personal trainer mandão que é tímido com as mulheres. Há ainda a amiga de infância de Jess, Cece (Hannah Simone, de “The Beautiful People”), uma modelo um tanto cínica e mal humorada, que adora dar conselhos sobre relacionamentos.
+ Assista ao trailer de “New Girl” e seja fisgado:
Além de “New Girl”, Zooey também está na comédia “Our Idiot Brother”, que estreia nos cinemas americanos em setembro. E ganhou uma matéria a seu favor na atual edição da “Vogue” americana. Chamada pela mídia de “rainha indie das telas”, ela é inspiração para um monte de garotas que adoram vestidos retrô, cílios enormes, franjona e um mood alegrinho, e que não aguentam mais as atrizes-produzidas-em-série-de-cabelos-loiros que lotam Hollywood.
De fato, Zooey não pode ser comparada com outra atriz dos dias atuais. Mesmo morando em Los Angeles, ela procura manter distância da indústria: “Para ser honesta, eu passo meu tempo em meu jardim. Eu não gosto de conversadores de negócios, sabe, pessoas que estão o tempo todo falando “bla bla bla filmes”. Eu acho isso incrivelmente entediante”, disse ao jornal inglês “Guardian”.
Ensaio para a revista inglesa “Lula” ©Ellen von Unwerth/Reprodução
Ironicamente, Zooey cresceu no show business, já que sua mãe era atriz e seu pai era diretor, mas quando criança, não queria ser atriz: “Eu queria estar na Broadway. Eu amo musicais tecnicolor!”, disse à “Flare”. A vontade de atuar veio mais tarde, quando ela começou a ter contato com o cinema clássico, como no filme “Se Meu Apartamento Falasse”, de 1960: “Momentos cômicos surgindo de situações realmente dramáticas é meu lugar favorito para estar. [Se Meu Apartamento Falasse] faz um equilíbrio ótimo disso. Ultimamente, meu objetivo é fazer drama mais comicamente e fazer comédia mais dramaticamente”, contou.
Sobre seu estilo, diz: “Eu quero que o que eu visto no tapete vermelho seja um reflexo de mim. Não sou alguém que quer ser um camaleão com suas roupas. Quando estou em um evento, quero expressar quem sou… Eu amo vestidos balonês porque sinto que roupas justas são muito desconfortáveis. Adoro aquele look menininho/menininha de escola e Marc Jacobs, Miu Miu e Chloé”. E a carinha vintage, bem, Zooey é uma colecionadora, de verdade. “Eu tenho colecionado peças de [André] Courrèges há um tempão e procuro por peças em mercados de pulgas quando filmo em lugares diferentes”, contou à revista. A roupa favorita da atriz custou menos de US$ 30. Apesar de amar roupas e coisas retrôs – ela coleciona coisas antiguinhas de casa e seus dois pianos são dos anos 20 e 60 – ela não viveria em outra época, conforme contou ao “Guardian”: “Às vezes eu me sinto assim [como se tivesse nascido na época errada]. Mas então eu fico feliz de ter nascido quando nasci porque penso que as conveniências modernas facilitam a vida hoje”.
Zooey e M. Ward, e os dois albums da dupla ©Reprodução
E muito embora muitos gostem de vê-la nas telas, a preferência de Zooey é pela música: “Prefiro me escutar cantando porque eu tenho controle de tudo. [Gosto de manter o controle] porque você pode trazer algo ao mundo e dizer ‘É isso que estou fazendo e é um reflexo real de mim e é confiável e honesto e sincero’. Com um filme pode ser uma colaboração maravilhosa, mas na maior parte do tempo pode ser um diretor dizendo ‘Faça desse jeito, faça daquele jeito’, e isso não é um reflexo de quem você é, é um reflexo de quão bom você é em acatar as recomendações de outra pessoa. No final, é bom ter o seu próprio carimbo de aprovação em algo”.
+ Assista ao clipe de “Don’t look back”:
Ela é a “She” da banda “She & Him”, ao lado de M. Ward, em que, além de cantar, compõe as letras e as melodias, e já tem dois CDs, “Volume One” e “Volume Two”. Uma preferência por nomes minimalistas? “Sim, nós queríamos algo tão anônimo quanto possível, e com uma vaga referência a quem nós éramos para que o foco ficasse na música”, explicou ao “Guardian”. Se você nunca ouviu, a música deles pode ser descrita como “feelgood music”, algo como “música que te faz bem”. Isso porque Zooey afirma que é uma otimista: “Eu gravito em torno de músicas felizes. Eu amo Beach Boys!”, contou ao jornal.
Agora que você sabe tanto sobre a atriz-cantora, a gente te conta mais uma coisa: o nome incomum veio depois que seus pais leram o livro “Franny and Zooey”, de J. D. Salinger, o mesmo autor de “O Apanhador no Campo de Centeio”. Zooey no livro é engraçado e espirituoso, e também ator. E, conforme você percebeu pelo gênero dos adjetivos, um menino. Pode-se dizer que as particularidades de Zooey começaram desde cedo.
@therealzooeyd | hellogiggles.com
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