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Pode parecer redundante, mas é o que indica a maioria das pesquisas de mercado e comportamento de consumo para este ano que acaba de começar. Se 2010 foi o ano das mídias sociais, do crowdfunding e de mais uma infinidade de ferramentas sociais na internet, 2011 será o ano em que as sementes plantadas poderão brotar de forma mais consistente.
2010 foi o ano em que presenciamos alguns dos primeiros sinais de recuperação pós crise econômica de 2008. Ainda que com a ameaça de uma segunda queda, os bancos europeus em estado de alerta e o desemprego nos EUA atingindo número alarmantes, consumidores voltaram a colocar a mão no bolso e fazer a economia girar _porém, de maneira diferente.
Não seria um retorno ao clima pré-recessão (ainda bem), mas sim uma leve mudança no modo como empresas e marcas vinham se posicionando em relação a todo esse cenário e, principalmente, em relação ao consumidor. Foi uma mudança de postura em relação aos hábitos de compras que deu aval para que as empresas passassem a rever o modo como realizavam suas vendas, métodos de comunicação e os próprios negócios. Se não é uma revolução, pelo menos pode ser uma boa oportunidade.
Se já vínhamos acompanhando a exploração de assuntos como amor, família e comunidade, a tendência é que estes tópicos _emocionais e humanos_ ganhem ainda mais relevância. Como? Com as novas possibilidades de se promover um verdadeiro diálogo entre marca e consumidor, indivíduos não vão querer _nem aceitar_ ser vistos como meras ferramentas econômicas.
Consumidores não querem mais modelos e estratégias pré-fabricados, aqueles de um-tamanho-serve-a-todos. Marcas aos poucos estão percebendo que nem todas as mulheres, nem todos baby boomers e, principalmente, nem os ditos millennials podem ser trabalhados e vistos sob a mesma ótica.
Liberdade para o consumidor? Nem tanto. Mas as regras dos jogos com certeza estão mudando. Os consumidores passaram a perceber as marcas não mais como gurus de estilo, mas sim como facilitadores ou guias de consumo. 2011, então, será o ano em que todas essas novas possibilidades de comunicação irão de fato remodelar o modo como marca e consumidor se relacionam.