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    Céu lança novo clipe para “Cangote”: leia entrevista com a diretora
    Céu lança novo clipe para “Cangote”: leia entrevista com a diretora
    POR Redação

    Estreou nesta semana o clipe novo da Céu, “Cangote”. A canção faz parte do último (e excelente) disco da cantora paulistana, “Vagarosa”. A direção ficou por conta de Vera Egito, que estreou no formato mas é promessa do cinema nacional _ela teve dois curtas em Cannes e é colaboradora de Heitor Dhalia, de “À Deriva”.

    Resgatando a linguagem surrealista de videoclipes dos anos 1990 (pense em Björk, Cibo Matto ou Sneaker Pimps), Vera usou a letra da canção como gancho. Uma Céu em miniatura “contracena” (na verdade os dois nem se conheceram) com o ator Felipe Terra, embalada pela mistura de trip-hop e samba.

    “A música passa essa sensação de querer muito pertencer a alguém, em todos os sentidos”, contou a diretora ao FFW. “Usamos muitas referências para o efeito de composição […] queríamos o desfoco típico da lente macro (usada para filmar pequeníssimos objetos) e qual seria a proporção da mini-Céu”, explica.

    Assista:

    Leia mais sobre Vera Egito na entrevista:

    FFW – Como foi gravado o clipe? Em quanto tempo?
    Vera Egito – Gravamos em duas diárias. A primeira diária foi a do personagem “Namorado da Céu”, feita com uma Cannon 5D. Gravamos em uma casa super bonita no jóquéi. O clipe estava todo desenhado em story board e nessa diária pudemos terminar de compor os planos e desenhar a luz. Sabíamos que teríamos de reproduzir todos os angulos e incidências luminosas, mantendo a proporção para um “mini-ser”. Além de todas as questões criativas, o Pierre de Kerchove, fotógrafo, ainda tinha que fazer todos esses cálculos.

    A segunda diária foi a da Céu, feita com uma câmera Red em estúdio com fundo verde. O estúdio tinha que ser grande pois tivemos que reproduzir as distâncias filmadas em tamanho gigante. Isto é, se filmamos o ombro do “Namorado” a uma distância de 20cm, para a “mini” Céu deveria ser 2 metros, por exemplo. A diária em estúdio foi bem longa e cansativa. Mas a equipe era o máximo e, no final, acabou tudo em festa. Depois a finalização demorou mais. Foram três meses de trabalho da Teleimage e da equipe de pós-produção da Paranoïd. Demorou mas eles arrasaram.

    FFW – Quem cuidou do figurino? Você tinha algo especial em mente nesse sentido?
    VE –
    Isadora Gallas Pontes. Ela é a figurinista da Céu e assumiu o figurino do clipe todo. A Isadora e a diretora de arte, Clô Azevedo, super se afinaram na paleta de cor e nas texturas desejadas. Era uma questão do clipe as texturas das roupas do “Namorado”. Porque algumas texturas teriam que ser reproduzidas em tamanho gigante para as cenas em que a Céu entrasse em contato direto com a roupa dele.

    O que eu desejava para o figurino da Céu era que, antes de mais nada, fosse a cara dela. Porque achava que o público da Céu tinha de reconhecê-la ali. Depois, criamos uma idéia de que a Céu era um ser mágico, lúdico. E aí desenhamos essa coisa de um ambiente neutro onde todas as cores vivas estão na Céu. Ela tinha que ser uma bonequinha, um serzinho especial.

    FFW – Os seus trabalhos mais marcantes foram com cinema, e além desse clipe, vai dirigir um do Thiago Pethit. O que te atrai nesse formato?
    VE – Pois é. “Cangote” foi meu primeiro clipe. E agora estou gravando o do Thiago para a música “Não se vá”. Já gravei algumas cenas em Barcelona e outras aqui em São Paulo. Devemos terminar em janeiro. Mas esse não tem nenhum efeito especial. É bem singelo e espero que faça justiça a música do Thi que é linda de morrer.

    O que estou gostando mais desse formato é exatamente o descompromisso com a estrutura dramática. O clipe obedece à música e não a uma história – que é o caso do cinema. Por isso no clipe existe essa liberdade. Dá pra ser ilógico e, ainda assim, transmitir uma idéia. No cinema é mais difícil. Se você se desconecta da narrativa acaba perdendo seu espectador.

    FFW – Me conta de um videoclipe, ou diretor de clipes, que te marcou muito. De qualquer época.
    Poxa, eu sou do tempo que clipe passava no Fantástico. Não dá pra não lembrar das estréias bombásticas dos clipes do Michael Jackson, da Madonna, do Prince. Eu era cirança e tinha pesadelo por causa do Thriller. É coisa de infância mesmo.Depois veio a Mtv e aí eu tinha que esperar minha amiga Sarah apresentar os mais votados no Disk.

    Aí era “Cry’in” do Aerosmith, o inesquecível “Clipe da Abelhinha” do Blind Melon, “Again” do Lenny Kravitz. Depois, já interessada em cinema, pirei com os clipes do Gondry e do Spike Jonze. Mas, se a idéia é falar de um, então é “Bad”, do MJ, dirigido pelo Scorcese. Aquele clipe é perfeito, infernal. Toda vez que assisto fico vidrada, apaixonada pelo Michael e por aquele universo. Esse clipe tem esse poder de sedução absurdo. Mas, apesar de achar o Scorcese um dos melhores diretores da história, sei que esse hipnotismo do vídeo é mérito do Michael. Genial. O que é ele dançando em “Bad”? Me diz!

    + Site Oficial: www.ceumusic.com

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