Capa de “Surfing The Void”, segundo disco dos Klaxons ©Divulgação
A história dos Klaxons é bem parecida com a de outra banda alternativa, o MGMT. Ambas surgiram em 2005 e representaram de alguma forma um movimento colorido, pop e dançante. Se nos EUA o MGMT era psicodélico, do outro lado do oceano os Klaxons levantavam a bandeira do movimento new rave com figurinos extravagantes, glow-sticks e punk dançante.
Com “Surfing The Void” (Polydor Records), Jamie Reynolds, James Righton e Simon Taylor passam pelo teste do segundo álbum: alcançar as expectativas de sua gravadora, resgatar seus fãs _cuja memória é curta e só dura até a próxima “banda da semana” indicada pela NME_ e agradar aos críticos.
“Echoes”, o primeiro single remete à sonoridade de “Myths Of The Near Future”, uma variação do mesmo tema _só que em outro formato. A busca por novas fórmulas é perceptível ao longo das 10 faixas _uma nuvem de rock industrial, crédito do produtor Ross Robinson, que trabalhou com bandas de nu-metal como Korn, Limp Bizkit e Linkin Park. Destaque para a explosão dance-punk em “Surfing The Void” e a pesada “Flashover”. Já “Venusia” e “Extra Astronomical” misturam space-rock com um perfume psicodélico.
Fato: ao longo de 38 minutos, “Surfing The Void” não causa o mesmo espanto do disco anterior. Mas não foi a qualidade da música que mudou, e sim o ineditismo dela. O mérito _e obrigação_ da banda é buscar novos horizontes. Nesse quesito, eles podem voltar para casa de consciência tranquila.