Shirley Mallmann ©FFW
Aos 32 anos, Shirley Mallmann (Way) tem uma beleza impressionante. Icônica, ela carrega o título de primeira modelo brasileira a se tornar top no exterior, e veio ao SPFW para o desfile da marca Adriana Degreas.
“Há quatro ou cinco anos, não tenho certeza”, Shirley não pisa nas passarelas brasileiras. Morando numa casa nos Hamptons, Nova York (com seu marido e dois filhos), ela diz levar uma vida tranquila com sua família.
Confira:
Preciso confessar que estou nervoso.
Imagina!
Hoje, o que determina a escolha de um trabalho?
Tempo. Depende da agenda dos meus filhos. Por isso faço mais catálogos, campanhas, o mercado comercial é muito bom para isso.
Financeiramente, é importante para você trabalhar?
É! Eu trabalho desde os 15 anos, faz parte da minha vida. Gosto de trabalhar, de ganhar dinheiro, de estar ativa. Acho que faz parte da mulher que eu sou.
E como você faz para manter a sua beleza?
Acredito muito em cremes! Uso vários. Tenho cremes para tudo! Se eles vão surtir efeito ou não, isso eu não sei, mas eu uso. Olhos, boca, rosto, corpo, tudo [risos]. Além disso, não durmo de maquiagem, faço limpeza de pele, essas coisas…
A imprensa só fala nisso: o seu retorno. Você se sente voltando?
As pessoas estão falando tanto nisso, nessa palavra, que eu estou começando a entrar no clima! De certa forma, é um retorno para fazer os desfiles. Mas eu sempre trabalhei, só parei de fazer trabalhos no Brasil.
Você pensa em voltar para o Brasil?
Eu sempre penso. Um dia eu quero. Mas tem que ter uma coisa minha, um business, algo que eu possa gerir, ter uma rotina, um dinheirinho entrando.
Você contou que agora tem TV brasileira na sua casa. Tem assistido algo?
Sim! Há um mês, estava assistindo Caminho Das Índias [risos]. Acompanhei e tudo. Agora começou outra e eu não estou vendo…
De que outros jeitos você mata as saudades do Brasil?
Comida brasileira, falando muito no Skype, telefone…. conversando com os meus amigos. E visitando a minha família em Seara, no Rio Grande do Sul. Fico lá enfiada com os meus filhos na fazenda dos meus pais.
O que faz a carreira de uma modelo ser tão duradoura como a sua?
É difícil falar, né? Acho que a minha beleza entra e sai de moda, mas sempre tem loiras. Como eu sou loira [risos], já ajuda muito. E o fato de ter trabalhado muito profissonalmente. Não estou me gabando, mas isso ajuda muito. O cliente que saber que está contratando uma modelo que vai chegar no horário, vai trabalhar direito. Especialmente hoje em dia que temos uma crise, que não se tem muita grana. As marcas estão trabalhando com modelos que vão dar resultados.
Que trabalhos foram mais importantes para você?
Richard Avedon para a Barely There, que não era necessariamente o trabalho mais incrível, mas era um fotógrafo lendário. Assim como Helmut Newton, Herb Ritts.
E quais foram os seus últimos trabalhos?
Fotografei para a revista “POP” nesta semana. E para as brasileiras “Wish” e “Vogue”. E volto semana que vem para fotografar a campanha da Adriana Degreas.