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    Entenda os rumos que a cultura pop vai seguir neste ano
    Entenda os rumos que a cultura pop vai seguir neste ano
    POR Redação

    Dois mil e dez não é somente um ano novo, é o ano que marca a divisão da década. E a mesma pergunta invade a cabeça de todo mundo: o que vem agora? O mundo continua assustado com a recessão, e a indústria do entretenimento (música, cinema, TV, literatura e internet), já entendeu isso, sendo assim deve apelar para a memória afetiva do público para garantir os lucros. O inconsciente coletivo pede conforto, segurança e mensagens positivas em relação ao futuro.

    A “virada” da década traz algumas novidades: agora são os baby-boomers (geração nascida na década de 60) que, livres dos filhos e das famílias, voltam consumir. E, o mais importante, eles tem poder de compra elevadíssimo. Com isso serão resgatados os valores dessa geração que cresceu respirando paz e amor. Confira:

    MÚSICA
    O rock costuma ser o mais imprevisível dos gêneros, mas em 2010 ele tem cara de flashback. A música viaja em duas correntes: uma mais psicodélica, com colagem de influências, e muito ligada à experimentação e ao visual. A outra deve caminhar em direções mais folk, menos agressivas e se distanciar do indie rock eletrônico que dominou as paradas nos anos 2000. A sonoridade de bandas como Grizzly Bear, Beirut e Two Door Cinema Club vai ser assimilada pela música pop e absorvida pelo público em 2010.

    Já o pop, perdida nos anos 2000 com o colapso das grandes gravadoras, deve se fortalecer em 2010 com a ajuda da internet e a adaptação dos artistas a esse novo ambiente. Pesquisas recentes indicam que o streaming, e não o download, é que vai guiar o comportamento dos internautas nos próximos anos. Isso dá nova oportunidade às gravadoras de criar uma maneira lucrativa de gerar lucro com música na internet.

    CINEMA
    O imaginário literário vai tomar conta de Hollywood em 2010. O realismo fantástico de Lewis Carrol está sendo resgatado com o remake de “Alice No País das Maravilhas” por Tim Burton; a adaptação de “Onde Vivem Os Montros” de Spike Jonze; o último filme da saga Harry Potter, e a versão cinematográfica para “O Hobbit”. A literatura infanto-juvenil vai estar com tudo – estúdios como Walt Disney devem se aproveitar disso (sabia que já finalizaram uma versão animada para o clássico “Rapunzel”?). Outra corrente do cinema se volta para os Anos 80, com a estética de terror trash e splatter com zumbis, gosmas, ETs e outras criaturas que tiram o sono dos adolescentes. Eles serão os “novos vampiros” em 2010.

    ARTES
    O mundo das artes orbita ao torno de duas preocupações: em ser menos passageiro e mais sustentável. No campo da sustentabilidade, Vik Muniz e seu cruzamento de técnicas devem entrar cada vez mais em evidência; assim como os irmãos Campana e a reutilização de materiais (como na sua última parceria com a Lacoste). Outros trabalhos ajudam a fundamentar essa tese, como a estante de caixas de plástico do Ceasa (à venda na Micasa) do Studio 2087; o desfile da grife Maria Bonita na última edição do SPFW; e o trabalho do designer holandês Piet Hein Eek, que usa pedaços de madeira encontrados no lixo para construir suas peças. Busque referências em Frans Krajcberg e Eduardo Srur.

    A entrada definitiva da arte de rua (em especial o grafite) nas galerias é uma tendência clara, mas perigosa. Se a matéria-prima da street art é o seu ambiente – a rua –, então sua presença em uma galeria asséptica descaracteriza o valor da obra. Outra corrente busca uma retomada dos valores clássicos da arte, um distanciamento do modernismo (e consequente aproximação do renascentismo). Adriana Varejão, que na sua última exposição investiu na pintura em porcelana, aponta para essa direção.

    COMPORTAMENTO
    Os 50 são os novos 40? Se depender da Madonna e sua geração de baby-boomers, a resposta é sim. Os cinquentinhas não estão só na Rede Globo. Estão viajando de primeira classe, saindo novamente, fazendo tratamentos estéticos e gastando seu dinheiro com pressa de gozar a vida. Sua influência acumulada pela vida vai respingar de baixo para cima em empresas de criatividade, agências de publicidade e editoras.

    Num espectro mais amplo, o conservadorismo dos anos 2000 vai dar lugar a um pouco mais de hedonismo (amor livre?), junto com a retomada da cultura clubber, que deve desbancar o reino dos bares-balada em metrópoles como São Paulo.

    + Confira também nosso radar 2010 sobre moda.

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