Jennifer Lawrence provou, em grande estilo, que é dona do próprio corpo e não tem medo de exibir sua bela silhueta por aí. Depois de ter seu telefone hackeado e suas fotos nuas circulando pela internet, a premiada atriz posou sem blusa para a capa da edição de novembro da revista “Vanity Fair” e concedeu sua primeira entrevista sobre o escândalo à publicação.
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“Todas as coisas que eu tentava escrever me faziam chorar ou ficar com raiva”, disse ela na entrevista. “Eu comecei a escrever um pedido de desculpas, mas eu não tinha sobre o que me desculpar. Eu estava em um relacionamento ótimo e saudável por quatro anos. Era a uma grande distância e, ou seu namorado vai olhar para pornografia, ou ele vai olhar para você.”
Ela também não escondeu sua revolta à publicação. “Só porque eu sou uma figura pública, só porque eu sou uma atriz, não significa que eu pedi por isso. (…) É o meu corpo, e deveria ser uma escolha minha, e o fato de que isso não foi escolhido por mim é absolutamente nojento. Eu não consigo acreditar que nós vivemos em um mundo como esse”, desabafou.
Durante a entrevista, Jennifer fez questão de defender que o que ela e outras celebridades que também foram hackeadas, como as atrizes Winona Ryder, Kaley Cuoco e Nina Dobrev, estão sofrendo é mais do que uma violação de privacidade, mas sim um crime sexual. “Não é um escândalo. É um crime sexual”, alerta a atriz que venceu o Oscar pelo filme “O Lado Bom da Vida” (2012). “É uma violação sexual. É nojento. A lei precisa ser mudada e nós precisamos mudar. É por isso que esses sites são responsáveis. Alguém é sexualmente explorado e violado e o primeiro pensamento que cruza a cabeça de outra pessoa é ganhar dinheiro com isso. Está além da minha compreensão. Eu apenas não posso imaginar alguém tão descolado da humanidade. Não posso imaginar alguém tão sem consideração, negligente e vazio por dentro.”
Vale lembrar que, no Brasil, caso semelhante aconteceu com a atriz Carolina Dieckmann em 2011, e motivou a criação da lei homônima, que prevê como punição de três meses a um ano de prisão e multa por acessar e divulgar dados sigilosos sem autorização.