Nesta quarta-feira (29.10), estreia “Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960”, retrospectiva inédita do fotógrafo alemão, um dos mais influentes do século 20. Com curadoria de Nadia Blumenfeld (neta do artista) e patrocínio da Dafiti, a exposição fica em cartaz no Museu de Arte Brasileira (MAB) da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em São Paulo, até o dia 18 de janeiro. A entrada é gratuita.
+ Veja como foi a abertura da exposição “Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960”
A mostra, que já passou pela França, Inglaterra, Alemanha, Japão e Itália, reúne obras do pós-guerra assinadas pelo artista, famoso não apenas pelo seu trabalho em campanhas e editoriais de moda, mas também como um dos representantes mais importantes do dadaísmo, movimento fundado por Jean Harp no início do século passado. São fotografias de moda, campanhas publicitárias, retratos de personalidades, cartazes de propaganda e trabalhos experimentais reconhecidos pelos avanços técnicos para a época. A exposição apresenta ainda mais de noventa impressões originais restauradas, recortes de publicações originais e filmes de moda raros datados do início dos anos 1960.
A carreira de Blumenfeld no universo fashion teve início em 1936, quando ele se mudou de Amsterdã para Paris. Seu trabalho em publicações francesas do final dos anos 1930 chamou a atenção do britânico Cecil Beaton, que facilitou seu caminho para entrar no time da “Vogue” francesa.
Blumenfeld fez sua primeira viagem à Nova York em 1938 e, em seguida, voltou a Paris como correspondente da “Harper’s Bazaar”. Em 1941, depois de dois anos preso em um campo de concentração na França ocupada pelos alemães, se mudou para Nova York com a família. Lá, contratado pela “Harper’s Bazaar”, colaborou com Diana Vreeland e, depois de três anos, se tornou um dos profissionais mais famosos e bem pagos dos Estados Unidos.
Outro destaque da fase norte-americana de sua carreira foi a parceria de 15 anos com a “Vogue” e Alexander Liberman, então diretor editorial da revista. Juntos, publicaram mais de cinquenta capas, incluindo retratos de grandes modelos e personalidades, como Babe Paley, Dovima, Jean Patchette e Carmen Dell’Orefice. Também trabalhou regularmente com outras revistas americanas de moda, como “Cosmopolitan” (para a qual fotografou Grace Kelly em 1955) e “Life Magazine”, além de produzir renomadas campanhas publicitárias para clientes como Dior, Elizabeth Arden, Max Factor, L’Oréal e Helena Rubinstein.
Altamente inovador e muitas vezes contrariando o tradicionalismo, Blumenfeld desenvolveu seu próprio estilo, usando fotomontagem, solarização, slides coloridos e técnicas híbridas. Desde o início de sua carreira, foi influenciado pela ideia da fotografia como arte, desejando ser respeitado como artista de vanguarda, além de fotógrafo de moda.
“Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960” @ São Paulo
De 29 de outubro de 2014 a 18 de janeiro de 2015
De terça a sexta-feira, das 10h às 20h; sábados, domingos e feriados, das 13h às 17h
MAB-FAAP – Rua Alagoas, 903, Higienópolis
Informações: (11) 3662-7198
Entrada gratuita
Quer saber mais sobre o trabalho de Erwin Blumenfeld? Então assista abaixo a um trecho de “The Man Who Shot Beautiful Women”, documentário da BBC sobre o fotógrafo.
A seguir, veja algumas das fotos que compõem a exposição “Blumenfeld Studio: New York 1941 – 1960”.