O empresário bilionário Donald Trump, candidato republicano favorito nas pesquisas para a corrida presidencial norte-americana e abertamente contra políticas inclusivas de imigração, agora se envolve em mais uma polêmica: sua agência de modelos, a “Trump Model Management”, está sendo acusada de quebra de contrato e situação que se assemelha à escravidão por Alexa Palmer, modelo negra jamaicana que foi levada aos EUA pela empresa para trabalhar sob um contrato que, segundo ela, valia U$75mil por ano. Ela acabou saindo com menos de U$5mil em três anos de trabalho.
Trump deixa claro que é contra as atuais políticas de imigração americanas, porém suas empresas já levaram mais de 1.100 estrangeiros ao país, muitos para trabalhar em seus bares e boates no litoral sul dos EUA. “Estava muito empolgada. Todas as modelos na Jamaica sonham em assinar contrato com uma agência”, contou a garota ao programa matinal “Good Morning America”. Ela agora processa a empresa em U$225mil por quebra de contrato e por não lhe pagar o que constava no visto de trabalho. “Quanto maior for a demanda por certa modelo, mais ela ganha. No caso da modelo que estamos falando, infelizmente, não havia muita”, alega Alan Garten, advogado do bilionário, apesar da lei obrigar os empregadores a pagarem os valores prometidos aos estrangeiros. “Isso é o que os escravocratas fazem! Você trabalha e não ganha dinheiro”, rebate a modelo.
A empresa se defende dizendo que cobriu custos de trabalho da modelo como hospedagens, transportes e alimentação. Com o fim do contrato, ela legalmente não pode mais trabalhar em outras agências e então retornou à Jamaica. O jornal britânico “Daily Mail” publicou que, com a exposição do caso, outras modelos podem decidir recorrer à justiça contra a agência de Trump.
Alexa, assim como muitas outras garotas que seguem a mesma carreira, mudou-se para Nova York jovem, aos 17 anos, a convite da empresa.