Sem sombra de dúvidas, a presença de ativistas feministas junto a celebridades foi o assunto que tomou conta da 75ª edição do Globo de Ouro.
+ Uma análise sobre a transmissão do globo de ouro e seus símbolos
Entre sobreviventes de abusos, fundadoras e presidentes de organizações humanitárias feministas, conheça um pouco melhor as ativistas que deram vida ao tapete vermelho do Globo de Ouro:
Marai Larasi com Emma Watson
Parceira de longa data da atriz, Marai Larasi é fundadora da Imkaan, organização que defende mulheres negras e minorias no Reino Unido.
Ai-jen Poo com Meryl Streep
Conhecida pelo seu trabalho com trabalhadoras domésticas desde 1996, Ai-jen luta por condições dignas de trabalho: “Espero que as pessoas enxerguem a força, o momento e o fato de que estamos nos unindo em todas as indústrias, plataformas e dizendo claramente que merecemos trabalhos seguros e uma vida digna. Esse é o futuro”, finalizou.
Billie Jean King com Emma Stone
Estrela de Guerra dos Sexos, Emma Stone acompanhou a ativista Billie Jean King, ex-atleta do tênis que revolucionou a participação feminina no esporte ainda nova, com a criação das associações femininas do tênis e do esporte. “Acho que damos um passo de cada vez”, comentou Billie, agora com 74 anos. Hoje considerada pioneira da inclusão feminina no esporte, King continua ministrando palestras e prestando consultorias de igualdade de gênero.
Tarana Burke com Michelle Williams
Grande ativista de direitos civis em Nova York, Tarana Burke foi a estrela da noite entre as que acompanharam celebridades. Em 2006, fundou o movimento Me Too, que foca em ajudar vítimas de abusos domésticos especialmente novas e vindas de regiões pobres. Atualmente é diretora de uma ONG no Brooklyn que se dedica a criar oportunidades de emprego e estudo para jovens mulheres.
“Isso começou da necessidade da minha comunidade e cresceu com os anos. Nunca pensei em estar aqui. (…) Este momento é tão único pois estamos vendo a colaboração de dois mundos que não necessariamente caminham juntos e muito provavelmente caminham um contra o outro”, contou em sua emocionante entrevista no red carpet.
Saru Jayaraman com Amy Poehler
Nascida na Índia e radicada nos Estados Unidos, Saru Jayaraman fundou um centro de oportunidades de empregos em restaurantes após os atentados de 11 de setembro de 2001. Em rápido e afiado discurso, reafirmou o poder das mulheres negras: “O preto é a cor mais importante. Preto é poder. As mulheres são poderosas”.
Mónica Ramírez com Laura Dern
Imortalizada em Hollywood por sua participação em Jurassic Park (1993), Laura Dern cruzou o tapete vermelho acompanhada da ativista Mónica Ramírez, que presta assistência a trabalhadoras rurais. Ainda na temática da violência sexual, Ramírez é categórica ao falar da importância das mulheres na agricultura: “Mulheres plantam, colhem e empacotam a comida que comemos e também têm uma longa história no combate ao abuso sexual em seu ambiente de trabalho”, afirma, deixando claro que o problema se estende bem além das telas de cinema.