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    2018: o ano de Pierpaolo Piccioli
    Pierpaolo e Kristen McMenamy no Fashion Awards 2018 / Reprodução
    2018: o ano de Pierpaolo Piccioli
    POR Camila Yahn

    O estilista italiano Pierpaolo Piccioli foi nomeado Designer do Ano no The Fashion Awards 2018, uma premiação criada pelo British Fashion Council. E de fato, 2018 é o seu ano.

    Foi em janeiro que ele apresentou sua primeira coleção solo na Valentino, após sua parceira criativa de longa data, Maria Grazia Chiuri, partir para virar diretora criativa na Dior. Ele “estreou” com o desfile de Alta Costura Verão 2018 com o qual foi ovacionado. Esse nível de aceitação e sucesso tem sido uma constante em todos os seus desfiles desde então.

    De fato, é impossível não ser tocado por suas coleções, na leveza e na beleza de tirar o fôlego de suas criações. Mas, mais do que isso, o que as tornam relevantes hoje é que elas são feitas com uma mulher contemporânea em mente – podendo ela ou não consumir seu trabalho. Então, por mais que suas roupas sejam apenas sonho para a maioria das mulheres, sua imagem dialoga com o real, com passado, presente e futuro.

    Kaia Gerber no desfile de Alta Costura Inverno 2018 / Cortesia

    Kaia Gerber no desfile de Alta Costura Inverno 2018 / Cortesia

    Ao contrário de muitos estilistas, quanto mais fantástico e puro é o seu trabalho, mais ele toca o coração das pessoas. E em comum, todas as peças tem a subtração do peso – não importa se há volumes e proporções maxi, elas são magicamente leves.

    Mas por trás dessa adoração geral, há qualidades que vão muito além de sua técnica hiper competente ou seu extremo bom gosto.

    Piccioli é, por exemplo, reconhecido por ser uma pessoa calorosa e amorosa. Colaboradores, modelos e costureiras o adoram porque ele sabe valorizar o trabalho dos outros. Ele também é bem humorado e acessível, como fica claro nos posts em que ele mostra os bastidores do ateliê e suas “táticas” para desestressar a equipe.

    E mesmo com todo seu sucesso, Piccioli se manteve um homem discreto e que pouco mudou em essência. Ele trabalha em Roma, mas vive em Nettuno, sua cidade natal para onde voltou após casar e viu os filhos Mika e Stella crescerem. “É bom ser diretor criativo de uma empresa enorme e poder manter uma abordagem mais pessoal e íntima. Morar em Nettuno me dá força e equilíbrio. É importante que a gente não esqueça da nossa identidade. Eu estou aqui por causa de quem eu sou e eu quero continuar a ser a mesma pessoa. Lá, as pessoas não me veem como um designer, mas como o mesmo cara que cresceu ali”.

    Formado pelo Istituto Europeo de Design, Pierpaolo foi apresentado à Maria Grazia por amigos em comum. E já ao seu lado entrou na Fendi em 1989 na área de acessórios. Juntos eles migraram para a Valentino em 1999, onde tornaram-se diretores criativos nove anos mais tarde. Maria Grazia saiu em 2016, deixando espaço para que ele pudesse implementar 100% da sua visão de moda, modernizando o DNA da marca e os códigos da Alta Costura. “Quando você trabalha com outra pessoa, você conversa, precisa chegar num consenso, então tudo é mais pensado. Quando estou sozinho, é mais direto. Eu não tenho que explicar porque gosto de alguma coisa, posso ser mais intuitivo”, disse ao site da Numéro.

    Pre Fall 2019 / Cortesia

    Pre Fall 2019 / Cortesia

    Sua forma de pensar mudou o pensamento dentro da própria Valentino, abrindo os olhos da empresa para um mundo menos dividido. “Hoje você não pode só pensar em pessoas em suas mansões, castelos e estilo de vida jet-set. Você não precisa comprar Alta Costura para adorar Alta Costura. Através da Valentino eu quero atingir e abraçar mais cultura, mais pessoas e mais diversidade”.

    Hoje, a marca é considerada uma empresa de segundo nível, em termos de tamanho, atrás de gigantes como Louis Vuitton e Gucci. Há espaço para crescer em todos os segmentos e há boatos de que a Kering estaria interessada em comprar a Valentino (hoje ela pertence a Mayhoola, fundo de investimento do Quatar que também é dono da Balmain). Quando achamos que um estilista já mostrou todo seu potencial, pode ser que ele esteja apenas começando.

     

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