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    Entrevista: Pabllo Vittar quer trazer o verão de volta para o Brasil com Batidão Tropical

    Em entrevista exclusiva, ela fala sobre o novo disco, moda, haters e futuro

    Por Dimas Henkes

    Batidão Tropical, quarto álbum de estúdio de Pabllo Vittar, não é apenas mais um álbum pop, é um trabalho que resgata uma vida mais feliz, ensolarada e dançante que todos os brasileiros já viveram. Além de músicas autorais, Pabllo conta uma história musical com covers de bandas do brega pernambucano e os maiores sucessos paraenses –  principalmente Companhia do Calypso, que era liderada por Mylla Karvalho, uma das maiores influências visuais e musicais de Pabllo Vittar. 

    A mistura que Batidão Tropical faz com a musicalidade brasileira e a capa remetendo aos anos 2000s é um resgate de um sonho que todo brasileiro já viveu. Lançar um álbum caloroso e alegre durante o inverno triste que o Brasil adormece é de extrema importância para que nós não deixemos de dançar para lembrar que podemos voltar a ser a nossa melhor versão, pois haverá festa com o que restar.

    Esse sentimento resultou em ótimos números: Batidão Tropical teve a maior estreia de álbum pop no Spotify Brasil em 2021, se tornou o álbum mais ouvido na plataforma brasileira e entrou no Top 10 no Spotify global na semana de lançamento. Tudo isso somado às milhões de visualizações dos videoclipes “Ama Sofre e Chora” e “Triste com T”. Quer mais? Pabllo já anunciou uma sequência de volumes para esse projeto.

    Enquanto esperamos, leia a seguir a entrevista exclusiva com Pabllo Vittar sobre influência, referências, moda e futuro:

    No paradoxal Brasil, você é a maior drag queen popstar mundial e também essa mesma pessoa vive onde mais matam pessoas da comunidade LGBTQIA+ no mundo. Com Batidão Tropical, cheio de referências brasileiras, qual Brasil você pretende enaltecer?

    Exato, é um álbum com muitas referências de música/cultura no norte e nordeste, regiões que fizeram parte de toda minha vivência, minha infância, e que me influenciaram e me influenciam até hoje como pessoa e como artista. Regiões totalmente ricas, que fazem parte da minha essência, e quis enaltecer por meio deste lançamento.

    Musicalmente falando, você resgatou sonoridades que fizeram parte da sua infância e adolescência. Além de músicas originais suas, você fez covers e versões de grandes sucessos do Norte e Nordeste brasileiro. Como foi escolher e repaginar as músicas? Como foi a recepção das cantoras das versões originais? 

    Foi demais, são músicas que são super conhecidas no Norte e Nordeste, e que de alguma maneira fizeram parte da minha história e que me inspiram na minha vida e carreira. Fiquei muito feliz por todas as pessoas terem aceitado estas novas versões, foi uma recepção muito bacana!

    A capa de Batidão Tropical traduz um universo plastic-Barbie nos anos 2000s. Qual foi o moodboard de referências para a criação da imagem?  

    As principais referências foram nos anos 2000, de Mylla Karvalho a Paris Hilton… Umas coisa pool party e musa do verão sabe? Quis trazer esta energia de verão e a esperança de dias melhores. Que no próximo verão a gente possa estar reunidos e festejando juntinhos.

    Aliás, você é uma camaleoa! A sua mistura de referências é sempre surpreendente. Seja na música ou em looks. Como você define Pabllo Vittar hoje?

    Pabllo é uma artista versátil, em constante transformação, e que aprende e evolui todos os dias. Definição exata do que sou é algo bem difícil de dizer, mas uma pessoa que se redescobre a cada dia, que mantém sua essência e que não tem medo de mudar!

    Seu trabalho é com a música, mas também é com criação de imagens fora e dentro da Internet. Então além de um país homofóbico, você precisa lidar com haters online. Isso influencia na hora da sua criação? Como você lida com os haters e atual medo do cancelamento?

    Confesso que isso já me afetou bem mais do que hoje em dia. O mais importante é focarmos nas críticas construtivas e jamais aceitar comentários e atitudes homofóbicas.

    Seus looks em eventos são icônicos. Uma mistura de Cultura Pop da gringa, mas sempre com elementos brasileiros. Como é feita essa mistura? Em quem você se inspira na hora de escolher os seus looks? 

    É um grande mix de ideias, de influências, períodos, e de divas pops que fizeram parte da minha vida.

    Em recente entrevista para a FFW, o seu stylist, João Ribeiro, contou um pouco do processo de criação da parte dele. Como é a relação de vocês no trabalho (e fora dele)?

    João trabalha comigo há anos, e temos um relacionamento incrível dentro e fora do ambiente de trabalho. Temos uma sintonia incrível, ele sabe exatamente o que preciso.

    Ainda sobre a escolha das roupas… Você acaba sendo um palco para marcas independentes brasileiras. Essa preocupação de quais marcas usar influência nas escolhas finais? 

    Super! Não vou dizer que não amo as super grifes e desenhadores, porque eu amo muito! Mas pra mim ambos tem o mesmo espaço no meu guarda-roupa, sabe? Eu acho que os desenhadores e as marcas independentes estão aí pra mostrar pra gente o futuro, com novas influências, ditando tendências e além, acima de tudo, batalhando por um espaço ainda! Então eu amo quando descubro alguma marca independente que combina com o que eu amo e eu uso mesmo, sempre!

    Várias cantoras estão investindo em lançar roupas, maquiagens e outros produtos. Você tem vontade de lançar alguma linha de produtos seus?

    Acho demais, a princípio estou com alguns projetos mais focados em músicas mesmo, mas para o futuro é algo que penso bastante sim.  

    Vi em uma matéria que você está conversando e dando apoio pelo Instagram para a influencer Bota Pó, de 16 anos e, assim como você, também é do Maranhão. Você tem muitos fãs mais novos! Como você engaja e conversa com essa nova geração que tem você como influência? 

    Me sinto muito honrada em ser influência para tantas pessoas e tantos jovens. A partir da minha arte, da minha vivência, e do alcance que tenho quero mostrar de forma positiva que mesmo com tantos obstáculos numa sociedade machista e homofóbica, temos que lutar pelos espaços, e que sim, é possível sonhar e alcançar o que almejamos.

    E, para finalizar, você não para de trabalhar! Como você faz para se divertir (ou descansar) entre um trabalho e outro?

    Minha rotina é essa já há alguns anos né?! Quando paramos tudo no começo de 2020 foi um baque pra mim, ter que ficar em casa! Agora a rotina, mesmo com todos os cuidados que seguimos, começou a voltar ao ritmo de antes e to me acostumando mais uma vez! Mas sempre que posso to em casa quietinha com a minha mãe e minhas irmãs ou com meus amigos me divertindo.

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    foto: ernna cost

     

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