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    Era Indetectável: quando o ideal de idade e aparência não se conectam

    Era Indetectável: quando o ideal de idade e aparência não se conectam

    POR Vinicius Alencar

    Na semana passada nos deparamos com um artigo da Dazed Beauty com o título “Estamos entrando na era indetectável da beleza”, o texto em questão ilustrava o tema com uma aparição recente de Christina Aguilera e sua atual aparência que impressiona não somente pelo corpo definido, mas principalmente pelo seu rosto rejuvenescido ao extremo – como dizia um dos comentários na postagem da popstar “rosto de 20 anos”, o que pode soar exagerado num primeiro momento, mas é real. Aguilera parece estar novamente na casa dos 20, mesmo tendo 43 anos (!).

    Essa semana, mais especificamente ontem (23.09), fui ao cinema assistir “A Substância”, o “body horror feminista” de Coralie Fargeat que arrancou 13 minutos de aplausos ao ser exibido em Cannes. Não há spoilers, ok? Na trama, basicamente, o papel de Demi Moore, Elizabeth Sparkle, reconhecida pela sua aparência como uma guru da beleza se vê aprisionada pelo envelhecimento, surge a proposta de um procedimento inovador e, então, entra em cena Sue, interpretada por Margaret Qualley. A ânsia por viver a juventude passa a ser uma disputa enlouquecedora, intensa e extremamente agressiva. Visceral e com ares grotescos, horror, um toque de Lynch e indo muito além do que qualquer drama que já se arriscou a tratar sobre o tema. Na busca da beleza há tudo, menos beleza e, sim, muita dor.

    O Dr. Prem Tripathi, o nome mais procurado da Califórnia na atualidade, disse em entrevista recente: “Vivemos recentemente uma fase bem exagerada, tudo era feito para impressionar e ser identificável. As pessoas realmente amam resultados dramáticos, com “antes e depois” bem chocantes, mas isso mudou. Na cirurgia plástica é quase controverso ver uma intervenção sem marcas, mas agora esse é o futuro”. Os procedimentos, segundo o profissional, realmente lembram “A Substância”: “alterações na medula óssea, cordões umbilicais produzidos por bioengenharia em laboratório e novas substâncias” – você talvez já tenha se deparado com os milagres alcançados pelo sêmen de salmão, recentemente liberado no Brasil, material que ajuda a aumentar consideravelmente a produção de colágeno.

    Segundo o cirurgião, é o fim das grandes intervenções, agora é a era das “intervenções contínuas”. Saem as visitas semestrais e anuais e entram as passadas mensais e semanais aos consultórios – um procedimento que está, na verdade, em eterna lapidação. Um bom ponto a incluir na discussão é o ressaltado por Ellen Atlanta, autora do livro “Pixel Flesh”: “Tudo é sobre classe social e dinheiro, se tornar uma Kardashian é algo simples hoje em dia, mas rejuvenescer de verdade ainda não… é assustadoramente caro manter os procedimentos a longo prazo”.

    Seja Christina, seja Demi Moore (no auge dos seus 61 anos) e tantos outros nomes, a verdade é que nunca aparentamos – e desejamos aparentar – ser tão jovens. Até os anos 1980 e 1990, os 35 e os 40 já eram prenúncio da velhice, enquanto hoje é completamente diferente. Ser eternamente jovem tem um preço (bem alto), ainda apenas financeiro, mas que com o passar dos anos e dos avanços devem apontar outros caminhos no nosso percurso de vida e, claro, na nossa concepção de juventude. O tempo nos responderá.

    Confira o trailer de ”Substance” abaixo:

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