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    Bebé apresenta seu mosaico de influências em “SALVE-SE”

    Em conversa com o FFW, Bebé traz sua essência artística de raízes familiares e influências do jazz, criando uma estética própria que une autonomia, minimalismo e inovação sonora.

    Bebé apresenta seu mosaico de influências em “SALVE-SE”

    Em conversa com o FFW, Bebé traz sua essência artística de raízes familiares e influências do jazz, criando uma estética própria que une autonomia, minimalismo e inovação sonora.

    POR Guilherme Rocha
    QUEM É BEBÉ?

    Bebé é uma jovem artista de 20 anos, nascida no interior de São Paulo, que cresceu em um ambiente musical, acompanhando de perto os pais e, especialmente, o irmão, que foi uma figura importante em sua aproximação com a música. Desde os 8 anos, Bebé trabalha com música de forma natural, e suas maiores influências vêm do jazz, especialmente inspirada por artistas como Esperanza Spalding e Wayne Shorter.

    UMA MÚSICA PARA COMEÇAR: “ASSOME”

    A faixa é um ótimo ponto de partida para conhecer a artista. A música, que significa “aparecer ou manifestar”, expressa a busca da artista por relações mais íntimas e autênticas. Bebé mistura R&B contemporâneo com toques de pagode para refletir sobre distanciamento e novas possibilidades de conexão. A faixa resume bem seu estilo introspectivo, ao mesmo tempo que abre espaço para explorar ciclos de renovação e autoconhecimento presentes em seu álbum “SALVE-SE!”.

    ÁLBUM PARA CONHECER:

    Em seu novo álbum, SALVE-SE, Bebé reflete sobre temas de autonomia, simplicidade e autoconfiança. Inspirada pelo próprio sobrenome “Salvego” e pelo seu projeto de DJ, SALVEGOD, o título traz uma mensagem de resgate pessoal. O álbum é um mosaico de influências e sonoridades, explorando ritmos brasileiros, funk, trap e elementos minimalistas, sempre com sua voz como protagonista. Faixas como “Quem Diria” traduzem o espírito do disco, abordando começos, fins e um olhar renovado sobre a vida.

    – Você colaborou com algum produtor ou artista específico neste álbum? Como foram essas experiências e houve alguma faixa em particular que foi mais desafiadora de produzir?

    Neste álbum, trabalhei com o Sérgio Machado Plim na produção musical, que já era meu parceiro no meu disco de estreia. A experiência com ele é sempre mágica, e muitas vezes a sintonia é imensa. Neste disco, eu tinha muitos rascunhos, e o Plim me ajudou a construir essa história da melhor forma.” Os feats com BK’ e Dinho Almeida (Boogarins) foram extremamente especiais e aconteceram de forma natural; a música nos conectou. Participei de ‘ICARUS’, álbum do BK’, e simultaneamente ele participou do meu. O Dinho me enviou a música ‘Recado Dado’ pelo WhatsApp, praticamente me presenteando com ela! Outra curiosidade é que na faixa ‘Assome’, a guitarrista Anna Trea gravou detalhes que deram um toque especial à música. “A faixa mais desafiadora foi ‘Quem Diria’. Eu tinha apenas a harmonia e a melodia no início, mas ela foi amadurecendo e se estruturando. Sentia que ela precisava se conectar com as outras músicas, e como havia muito que queria dizer, aproveitei para escrever um flow. Todo esse processo levou meses para se desenvolver.

      – Qual é o tema central e o conceito do álbum?

    “O tema central é sobre a autonomia de ter segurança em cada decisão tomada, olhar para a vida com um novo olhar mais leve, seguir em frente após o fim dos ciclos, sem as distorções que muitas vezes nos impõem sobre a realidade e sobre como devemos agir.

    O título surgiu do meu sobrenome ‘Salvego’ e do meu projeto de DJ, ‘SALVEGOD’. 

    A palavra ‘Salve’ sempre esteve presente na minha vida. Depois, percebi a importância de salvar a si mesma, e que a primeira ação desse movimento está em cada um de nós. 

    A pausa, a contemplação do nosso próprio tempo, também nos faz ver novas perspectivas sobre a vida e sobre nós mesmos. Já a faixa que mais representa o projeto seria ‘Quem Diria’ que me traz muitas respostas sobre a essência deste disco. Ela lida com começos e fins, reforçando minha autoconfiança. Chegar a algum lugar pode ser apenas uma questão de perspectiva.”

    O CONCEITO VISUAL:

    Esteticamente, o álbum reflete o equilíbrio entre o clássico e o contemporâneo, uma proposta que conversa com a música e a identidade visual de Bebé. 

    A capa, inspirada na carta de Tarô do Enforcado, foi criada em colaboração com o diretor criativo Bruno Rocha, e traduz o conceito de renovação e contemplação presentes no álbum. Essa estética aparece também nas escolhas de figurino, combinando elementos atemporais, como camisas clássicas, com itens modernos, como botas punk, refletindo o contraste entre tradição e inovação que define o som de Bebé. Essa união de simplicidade e impacto visual reflete a busca da artista por autonomia e autenticidade em seu trabalho.

       – Como foi o processo de criação da capa do álbum e do material visual? Há algum conceito ou tema visual que acompanha o lançamento do álbum?

    A capa foi inspirada na carta de Tarot do Enforcado. O Bruno Rocha, que assinou a direção criativa, sonhou com essa carta e me contou que teve essa intuição. Fizemos uma tiragem juntos e, por incrível que pareça, a carta apareceu para nós dois. Isso foi definitivamente uma resposta para a capa, que o Wallace Domingues fotografou, com assistência da Rodarlen. A Juny Martins, com a assistência da Maria Rocha, foi responsável pelo styling, usando uma peça incrível de Rober Dognani, da loja Das Haus, e o pingente EVA da coleção Suspiro da loja Struktura. A beleza foi assinada por Natalia Almeida e o cabelo por Juliana dos Santos. Toda a produção executiva e criativa foi feita por Alessandra Salvego.

    O significado do Enforcado traz muitas respostas para a história do disco. Na imagem, quisemos trazer algo que fosse ao mesmo tempo clássico e contemporâneo. Por isso, equilibramos a camisa com a bota punk, por exemplo. Isso reflete muito a minha estética musical.

    INSPIRAÇÕES ESTÉTICAS:

    O estilo de Bebé é uma fusão entre o minimalismo e uma aura vintage-contemporânea, inspirada no jazz e na liberdade do improviso, características presentes tanto no som quanto no visual. Ela mistura elementos clássicos com toques modernos e, assim como em sua música, busca sempre um equilíbrio entre o orgânico e o experimental. Bebé opta por roupas com cortes simples e minimalistas, mas que também carregam texturas, cores e acessórios impactantes – como botas punk ou pingentes simbolicamente escolhidos. Essa abordagem visual ajuda a contar a história de uma artista jovem, mas com uma alma atemporal e sempre em busca de autoconhecimento e reinvenção.


    • Por fim, quais são seus próximos passos após o lançamento do álbum e o que mais você gostaria de explorar musicalmente no futuro?

    Quero levar esse disco ao máximo para os palcos. Desta vez, venho com uma nova formação e trago as artistas Hanifah Adowa e Alt Niss para explorar esse universo de uma forma muito divertida. O ao vivo é, sem dúvida, a melhor maneira de expandir o som, então espero fazer muitos shows com esse disco e aproveitar ao máximo. Também temos planos de lançar o disco em LP pelo Coala Records, o selo deste lançamento. Vou continuar trabalhando a minha voz em canções e seguir com minha pesquisa em jazz e contemporâneo. Talvez um disco totalmente indie seja uma proposta para o futuro, ou até um disco totalmente jazz… Ainda vou descobrir, mas estou muito empolgada com os próximos lançamentos e tenho a meta de lançar 50 discos, como for possível. Não posso parar! Meu objetivo final é entender até onde posso chegar.

     

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