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    A Chanel fez a escolha certa?

    A segunda maior casa de moda do mundo finalmente escolheu seu novo diretor que deve construir o futuro da marca.

    A Chanel fez a escolha certa?

    A segunda maior casa de moda do mundo finalmente escolheu seu novo diretor que deve construir o futuro da marca.

    POR Augusto Mariotti

    “Não escolhemos Matthieu apenas para ‘fazer Chanel’, nós o escolhemos para que ele pudesse ultrapassar os limites do que Chanel é, para o futuro. Ele vai trazer sua modernidade, seu jeito de trabalhar — Chanel está pronta para se deixar ir à frente”

    Bruno Pavlovsky, diretor de moda da chanel

    Com apenas 40 anos, Matthieu passou à frente de nomes favoritos e conseguiu o emprego mais desejado e cobiçado da moda atual: o de DC, ou melhor, diretor artístico, da Chanel, a segunda maior marca de moda de luxo do mundo. Ao longo de seus 114 anos, a casa francesa teve apenas três estilistas no comando das criações: Coco Chanel, sua fundadora; Karl Lagerfeld e Virginie Viard.

    Em tempos voláteis e de intenso troca troca de criativos na moda, a Chanel se mostra confiante de que a escolha por Matthieu é a que mais faz sentido para os novos planos de uma casa marcada pela tradição e produtos de luxo de desejo em escala global mas que, desde a morte de Lagerfeld, vinha perdendo um pouco do brilho.

    A Chanel do futuro

    “Não escolhemos Matthieu apenas para ‘fazer Chanel’, nós o escolhemos para que ele pudesse ultrapassar os limites do que Chanel é, para o futuro. Ele vai trazer sua modernidade, seu jeito de trabalhar — Chanel está pronta para se deixar ir à frente”, afirmou Bruno Pavlovsky, diretor de moda da Chanel, ao jornal Le Figaro. 

    Um designer por essência

    Matthieu é um designer por essência, e não apenas um diretor criativo com repertório e referências que se conectam com determinadas gerações. Cathy Horyn, implacável crítica de moda, certa vez escreveu: “Blazy tem o fetiche pelo artesanal” e se teve algo que ele conseguiu em sua rápida, porém prolífica passagem pela Bottega, foi de elevar o feito à mão a um outro patamar. Entender de produto e criar imagens altamente desejáveis – e novas, fator bem determinante para a Chanel – foram, sem dúvidas, outros pontos-chave.  

    Os desafios da Chanel e Matthieu

    Num momento em que a maison sofre críticas pelos seguidos aumentos de preço e queda na qualidade; e luta com o mercado de second hand, onde suas peças custam igual ou mais caras do que as bolsas que estão nas prateleiras das 310 lojas da marca pelo mundo – duas delas no Brasil –, faz sentido escolher um nome que possa atualizar seus clássicos e criar novos objetos de desejo que vão além dos códigos já altamente reconhecíveis e imitados. Matthieu tem essa aptidão, o que faltava saber era se a Chanel estava aberta a isso e, aparentemente, essa liberdade existe.

    “Não queremos dar a sensação de que a marca está presa”, é o que Bruno promete e o que se espera de Matthieu a partir de outubro de 2025, quando ele apresentará seu primeiro desfile durante a temporada de verão 2026, em Paris.

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