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    Quem cria seus males espanta
    Quem cria seus males espanta
    POR Redação

    Por Paulo Borges, especial para o FFW

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    Foto: Agência Fotosite

    Fico feliz sempre que vejo o resultado de um trabalho feito com empenho, talento, paixão e entrega ganhar projeção e reconhecimento. Esta semana, o artigo da Folha de S. Paulo referindo-se à Flavia Aranha, designer que participa das estreias da edição 47 do São Paulo Fashion Week, como uma “joia da cultura de moda brasileira” ecoa em mim um desejo de alma. Vem ao encontro do que sempre tem sido o propósito do São Paulo Fashion Week: trazer luz e protagonismo às riquezas que um país de vocação essencialmente criativa tem.

    Ousamos falar de sustentabilidade na moda pela primeira vez em 2007. Dois anos depois, Flávia abre sua primeira loja. Ler os elogios direcionados a ela, chega para mim com muitas camadas de significado. É a confirmação de uma crença profunda, que não reside nas criações da moda – o produto roupa – mas nos criadores, na energia criativa deles.   Hoje, mergulhado na produção da edição 47, sei que poucas outras coisas poderiam responder tão intensamente aos anseios de uma alma ariana. É muito estimulante, como plataforma de moda, revelar protagonismos e poder assistir a construção de suas trajetórias, em meio ao aprendizado natural que se dá num ambiente de troca criativa tão intensa.   

    Novos nomes e marcas passam a integrar o calendário oficial de lançamentos: Another Place, Haight, Flavia Aranha, Neriage e Ocksa. Ampliando, assim, o hub criativo nutrido por marcas que já vem experimentando e compartilhando desta plataforma há tantos anos. O que essa mistura de expressões é capaz de reverberar, direcionar e provocar? É para dar vazão a essas potencialidades que existe o SPFW.  Grandes nomes e marcas se constroem, não nascem.  A nossa história é protagonizada por vários exemplos de transformação e sucesso.

    Nos vários ciclos que vivemos, alimentamos e acompanhamos, nosso papel sempre é o de provocar, acolher e projetar. Fazemos isso de maneira cada vez mais dinâmica e veloz, acelerados pelas transformações da tecnologia e do digital, contagiados constantemente pelas novas possibilidades. Criativos propõem trabalhar fora de lugares esperados, de tempos em tempos, é imperativo incorporar alguma ruptura às ideologias dominantes, de modo que possamos avançar.

    Mais que evento, mais que moda, o São Paulo Fashion Week é resultado de um desejo compartilhado de se explorar novos territórios. Num tempo em que somos tão bombardeados com mensagens de escassez, como é bom direcionar o olhar para o solo fértil da criatividade. É ela que descobre novas fontes e materiais, prototipa processos, redesenha expressões e permite a todos materializar autoestima e expressão no simples ato de vestir.

    Moda como um todo é novo. É praticar o novo. Quais são os novos caminhos? Quais são os novos formatos? O São Paulo Fashion Week como processo e plataforma é uma experiência contínua dessas buscas e descobertas. Cada edição é uma somatória desses aprendizados que a gente devolve para o mercado como um legado cultural, tecnológico, social, econômico. Para mim esse é nosso maior ganho. Meu desejo de aniversário (que comemoro hoje) é que a semana de 22 a 27 de abril se materialize nessa troca desapegada que é tão inerente ao fazer da moda, e possa inaugurar novas oportunidades e possibilidades a todos os que vêm tão generosamente participar deste hub.

    *O SPFW acontece de 22 a 27 de abril no espaço Arca e terá cobertura completa do FFW.

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