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    Cacete Company
    N46
    Foto: Zé Takahashi / Ag. FOTOSITE
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    Foto: Zé Takahashi / Ag. FOTOSITE
    Por Camila Yahn 26.out.18

    A Cacete já havia desfilado no SPFW como parte do Projeto Estufa. Um ano mais tarde, em sua estreia no calendário oficial, nota-se a evolução da marca em termos de identidade e produto. Só pelo nome, já dá para perceber que a Cacete é uma marca subversiva e ousada. E isso é algo que só funcionaria na prática se fosse de verdade. O arrojo da dupla Raphael Ribeiro e Tiago Carvalho, é real e a base de seu trabalho. Isso fica claro ainda antes do desfile começar, ao notar o público de amigos da marca sentados na primeira fila: artistas do underground e da periferia que têm transitado pelo “mainstream” sem perder sua identidade, como Linn da Quebrada e @jupdobairro, @1993agosto, @lmtf (que também desfilou pra ÂO) e o ator pornô Blessed Boy, que fez uma campanha pra marca. Eles estão lá para prestigiar a marca e seus amigos que estão na passarela. Para a coleção #Arquivo06, eles olharam para o pós-pornô como uma maneira de usar a pornografia de forma política, trazendo para perto corpos que normalmente são descartados pela pornografia tradicional. Essa coleção então mantem a estética erótica que já faz parte do DNA da Cacete e o resultado é uma coleção forte, vibrante, enérgica, subversiva e verdadeira. O que poderia acontecer com uma marca de personalidade forte como a de Raphael e Tiago é que essa ideia ficasse apenas no conceito, mas a marca tem inserido cada vez mais produtos em sua oferta. “Nosso foco principal é underwear, mas desta vez aumentamos nosso mix de produtos”, diz Rapha, que usava uma camiseta com um bordado escrito anti fascista no peito. “O street está conversando com a alfaiataria e é a primeira vez que fazemos um blazer. A ideia é mostrar uma marca mais madura em termos de evolução”. Quando o primeiro look entra, camiseta, calça e jaqueta, o público mal pode imaginar o que viria depois. Minissaias, tops e bermudas com recortes estratégicos que deixam à mostra a peito e o bumbum e fendas cavadíssimas fazem um contraponto com bermudas, camisetas e macacões mais amplos. Mesmo as peças mais comerciais em termos de modelagem carregam sua porção subversiva: uma foto pixelada de uma cena de sexo oral ou a ilustração de Izumi Sanma que fetichizou o esporte aquático desenhando a “chuva de ouro”, fetiche do universo gay. Em 30 looks em que usam jeans, cetim, malha, chiffon de seda e tule, a Cacete mostra habilidade para evoluir comercialmente sem perder sua identidade e energia (Camila Yahn).

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