Você já ouviu o nome Simone Bellotti? Caso não, vale guardar esse nome, ele é o diretor criativo da Bally, marca suíça que vem causando desejo entre insiders, entrando naquele rol de etiquetas que prezam por clássicos, mas com um toque contemporâneo e não óbvio.
Para apenas 100 convidados (a fórmula da inacessibilidade sempre volta, né?), Simone colocou na passarela 54 looks majoritariamente pretos e cinzas – sem dúvidas um discípulo da escola Jil Sander. O estilista vem explorando formas e volumes menos convencionais que dão às suas coleções um ar menos comercial e esperado de uma marca que não tem grande tradição em roupas. Dessa vez, além dos ombros e da cintura marcada, o quadril foi também foco da apresentação com toda uma profusão de peplums e saias estruturadas.
O trabalho no couro é o que mais chama atenção, assim como as texturas (sejam as de pele ou bordados inesperados), um exercício que ilustra o seu desejo de “disciplina e liberdade”, duas palavras-chave que Bellotti repetiu à imprensa logo após a apresentação. Olhos na Bally, olhos em Simone – que entrou depois da passagem relâmpago de Rhuigi Villaseñor, e após apenas quatro coleções já está se fala nos bastidores que sua saída é certa. Simone merece lugar numa marca de maior visibilidade. Tudo indica que ele será o novo diretor criativo da Jil Sander.