Quando vi que a Dolce apresentaria uma coleção intitulada “Cool Girls” fiquei curioso imaginando o que uma garota cool vestiria em 2025/2026, mas como já esperava os elementos não mudaram nos últimos 20 anos: mini comprimentos, rendas com parkas, botas sem salto, mix de utilitário com ultra feminino e peles (fake). Ao andar por Milão, São Paulo ou Japão é garantido ver variações delas.
Curioso ainda é a casa italiana buscar rejuvenescimento nesse momento, mas vale lembrar, na virada dos anos 1990 para 2000, muito antes das polêmicas, a marca da dupla era admirada e desejada por todas as it-girls – de Chloe Sevigny (que até chegou a desfilar) ao papel-alter ego de Sarah Jessica Parker, a amada-odiada Carrie Bradshaw.
Me peguei também pensando se essa coleção será bem absorvida, uma vez que sai dia sim outro também matérias falando como a Gen Z sai menos, bebe menos, frequenta menos bares e faz menos sexo. Mas independente disso há sempre as resistentes, que voltam orgulhosas (ou quase) do seu walking of shame depois de uma noite daquelas, enquanto a maioria está indo trabalhar. A diversão (ou pelo menos o desejo dela) permanece.