A área externa do grandioso, imponente e recém reformado Museu do Ipiranga, que lembram os suntuosos jardins franceses, foi uma ótima escolha como cenário para o desfile de Gustavo Silvestre e seu Projeto Ponto Firme, neste primeiro dia de #SPFW.
Vale destacar que o Ponto Firme nasceu de uma iniciativa social a partir do trabalho de formação com egressos do sistema penitenciário por meio do crochê. Então evoluiu para um coletivo de criação e produção artesanal que ganhou destaque nas passarelas até de Paris.
Não é para menos. O ofício mostrado por Gustavo Silvestre e sua equipe no desfile de hoje (14.10) é digno dos melhores ateliês do mundo. Tão precioso, que chega a ser injusto não podermos categorizar o que vimos como alta-costura, mas ali, sem dúvidas, foi desfilada uma alta-costura à brasileira.
Se no início o crochê era protagonista e carro-chefe, agora suas tramas são a base e ponto de partida para um rico trabalho artesanal de bordados. Uma profusão de paetês de plástico reciclado em formas de fios, pétalas, escamas, argolas, folhagens e conchas, que somados e misturados fazem do que poderia ser caos, poesia. Poesia que vira negócio. Não é à toa que a marca vem conquistando mais e mais clientes, Gustavo entende que quem busca suas criações deseja uma roupa única, sexy e vibrante – e isso faz toda a diferença.