A São Paulo Fashion Week e o saudosismo
Para que os pequenos sejam grandes amanhã é necessário dar espaço e suporte a eles hoje!
A São Paulo Fashion Week e o saudosismo
Para que os pequenos sejam grandes amanhã é necessário dar espaço e suporte a eles hoje!
Os últimos cinco anos foram transformadores, com mudanças marcantes, inúmeras questões, dilemas e inclusões. E sendo a moda uma das expressões mais ligadas ao comportamento e reflexo da sociedade, não faria sentido ela não acompanhar esse percurso – afinal, mais do que roupas, moda é catalisadora de desejos, anseios e extremamente atenta a novos movimentos.
Tudo isso para dizer que: a SPFW encerrou mais uma edição frustrando saudosistas que deixaram vários comentários aqui em nossos conteúdos do tipo “que saudade do SPFW do passado”. Mas esse desejo nostálgico nos fez perguntar: até onde é positivo ficar desejando algo que já passou e não voltará mais a ser como antes?
Entre insatisfações e controvérsias, a SPFW segue tendo um saldo positivo para quem acompanha com afinco ou mais de perto: conseguiu equilibrar diversidade, novos talentos, desejo e ter um dos line-ups mais diversos do mundo. Aos que também dizem “saudade dos grandes nomes”, a resposta é simples: vale lembrar que eles também já foram pequenos e não teriam crescido sem tempo, visibilidade, suporte e constância.
Qual outra semana de moda no mundo se atualizou? Olhou para o mundo atual e realmente foi tocada pelas fragilidades e reflete as realidades contemporâneas? Talvez Copenhagen, com suas questões sustentáveis e o SPFW com suas inclusões e temas sejam as únicas delas. Paris e Milão fascinam, mas continuam presas a uma série de códigos antigos. Não há tanto espaço para o novo.
Quem continua a seguir a SPFW? São as pessoas que realmente amam moda, estão abertas ao diálogo e ao entorno. Sejamos sinceros: onde estavam nesta edição as estrelas das redes sociais que não medem esforços para irem à uma semana de moda internacional? Mesmo que seja para postar só alguns cliques pelas ruas de Nova York ou Londres… Sabrina e Gkay, foram as únicas exceções. Moda é uma indústria e que só se mantém saudável quando há sinergia. E isso parece estar em falta por aqui.