Conheça a modelo Carol Monteiro que queria ser diplomata e foi parar na passarela da Louis Vuitton
A modelo paulistana de 21 anos que abriu o desfile da Moschino fala sobre os bastidores da profissão e seus sonhos.
Conheça a modelo Carol Monteiro que queria ser diplomata e foi parar na passarela da Louis Vuitton
A modelo paulistana de 21 anos que abriu o desfile da Moschino fala sobre os bastidores da profissão e seus sonhos.
Se você ainda não conhece a modelo brasileira Carol Monteiro (@waymodel), é hora de ficar de olho! Aos 21 anos, a ex-professora de inglês fez sua estreia nas passarelas internacionais e logo de cara já conquistou estilistas e marcas renomadas. Com seu olhar forte e marcante, a paulistana foi destaque na temporada de verão 2025, desfilando para a Schiaparelli, Louis Vuitton, Loewe, J.W. Anderson e abrindo o desfile da Moschino, logo em em sua primeira temporada lá fora. Em entrevista exclusiva ao FFW, ela compartilha os bastidores de sua rápida ascensão e revela seus sonhos, que antes incluíam se tornar uma diplomata.
Qual foi o momento mais marcante dessa temporada internacional e como você lidou com a pressão de estar em passarelas tão importantes?
Carol: O momento mais marcante dessa temporada foi, com certeza, a abertura do desfile da Moschino, até porque era um desfile muito esperado por conta da mudança da direção criativa da marca e eu também nunca tinha aberto um desfile na minha vida. Então foi duplamente incrível, justamente por ser uma nova experiência de carreira e por ser uma marca de referência. Para lidar com a pressão de estrear nas passarelas, eu exercitei muito meu autocontrole: Então, geralmente 10 minutos antes do desfile, eu vou estar bem num estado meditativo, numa versão minha mais introspectiva – não se assustem se vocês me virem no line-up com os olhos fechados, é porque eu estou realmente tentando me trazer para o momento atual e canalizar toda essa dopamina, toda essa adrenalina que vem, né? Assim que a gente entra o coração começa a palpitar. Eu tenho um rosto muito expressivo, então qualquer micro expressão pode mudar completamente o meu rosto na hora da passarela. Então, é isso, eu tento realmente fechar os olhos, concentrar na minha respiração e me trazer por um momento atual.
Como você enxerga as diferenças entre os mercados de moda brasileiro e europeu e quais são seus próximos passos nesse cenário global?
Carol: As maiores diferenças que eu notei ao trabalhar nos mercados de moda brasileiro e Europeu foi justamente a quantidade de meninas: eu achei que eu tinha uma noção de saturação em termos de quantidade de modelos no Brasil, mas quando eu cheguei aqui foi surreal, é vezes dez. Do go-see até o callback, eu acho que são 300, 400 meninas e é muito bizarro, porque são todas elas almejando por uma vaga entre essas 50 que a marca disponibiliza para a gente..
Tendo o sonho de ser diplomata e antes tendo sido professora de inglês, qual o foi o primeiro impacto que você teve sendo modelo?
Carol: Me tornar modelo estava completamente fora dos planos, realmente, meu sonho era ser diplomata. Eu queria muito fazer relações internacionais – ainda vou fazer quando eu quando eu me realizar 100% no meu propósito hoje que é a minha carreira de modelo – mas realmente eu queria faculdade, não era menina que tinha muita vaidade, eu gostava muito de futebol, gostava muito de coisas que não são associadas a garotas vaidosas geralmente. Então, pensar na Carol modelo era meio que fora de cogitação, só que a minha madrasta. não sei se por conta da altura, enfim, olhou assim para mim e falou: ‘‘Hum, acho que a gente pode tentar algo’’, e aí aos 15 começou a me lapidar como modelo e foi aí que surgiu a Carol Monteiro, né? Porque a Carol Monteiro, ela é o meu alter ego, nem é meu nome mesmo, meu nome é Carolina Ribeiro, só que a gente já tem a top incrível Carol Ribeiro, então eu precisei adotar a Carol Monteiro. E aí ela surgiu!
Dentre os desfiles da Schiaparelli, Loewe, J.W. Anderson, Louis Vuitton e Gabriela Hearst e Moschino qual foi o mais importante ou impactante para você?
Carol: O mais impactante para mim dentre esses desfiles foi Louis Vuitton, lá no Brasil eu já estava com opção para o casting da marca. Então foi uma expectativa muito grande e eu vim para cá pensando nesse desfile, né? Era um desfile que a gente tava muito animado para dar certo, justamente pela imagem da Louis Vuitton, que é uma imagem que eu associo muito a mim mesma. Dentre as marcas que eu fiz, eu gosto muito da mudança de personagem, né? Eu gosto muito de ser camaleoa. Então, eu gostei também demais de ser uma mulher mais poderosa e glamourosa em Schiaparelli, por exemplo, de ser uma uma menina com a cara mais forte em J.W Anderson que é justamente o que eles vão brifando a gente. Só que a marca que eu mais acho que tem a ver com o meu perfil é justamente a Louis Vuitton.
Tem alguma história que você gostaria de contar sobre os bastidores de algum desses desfiles?
Carol: Eu tinha o desfile da Schiaparelli e quando eu cheguei na porta, os meus agentes me mandaram uma mensagem, me falaram: ‘‘Carol, você tem uma fitting para Loewe’’. Isso foi completamente do nada, a gente não tinha nem perspectiva de fazer Loewe. E aí, eu fui correndo para a Loewe, já era para eu ter entrado em Schiaparelli, já era para eu estar no backstage de Schiaparelli e a gente tinha que dar conta de fazer essa prova de roupa em 20 minutos, tinha que chegar lá entregar o que eles queriam sair e voltar, porque já estavam cobrando a minha presença ali no backstage de Schiaparelli. Bom, eu provei, eles decidiram o meu look de primeira, não precisei ficar trocando de roupa. E tava chovendo muito aqui em Paris e o único meio que a gente tinha de eu voltar para Schiaparelli num tempo muito rápido seria eu ir de moto – só que eu morro de medo de moto. Eu só sei que engoli o medo e falei: ‘‘É isso, tem que ser, eu preciso engolir o medo, eu preciso fazer isso, subir nessa moto com chuva’’. E esse cara corria tanto, porque provavelmente falaram para ele que eu precisava estar lá em 5 minutos. Conclusões: Cheguei! Mas esse foi um dos perrengues de backstage.
Você vem para o SPFW? Quais seus próximos planos?
Carol: Eu preciso ver como minha agência se eu vou para o São Paulo Fashion Week. A nossa carreira as coisas acontecem muito rápido, as coisas mudam de um dia para o outro, então isso é um tema que mais para frente eu vou conseguir falar com mais certeza. No momento, a gente tá focando nas possibilidades que eu tenho aqui na Europa para aproveitar essa onda incrível que foi a minha primeira temporada, Então, a gente quer realmente se apegar nessa visibilidade que eu tive. E os meus próximos planos é surfar nessa onda que eu esperei muito que ela chegasse. Eu já tive a primeira aparição no mercado, então, eu sou muito nova para todo mundo. Eu quero muito associar a minha figura, a minha personalidade ao meu eu profissional, quero muito mostrar mais do meu trabalho, mostrar o que eu sei fazer, aprender muito mais coisa e é isso. Seguir pro topo, rumo ao topo sempre.