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    FFW Sounds: O pop psicodélico de The Marías

    De uma noite de open mic em uma lanchonete a um álbum sobre término.

    FFW Sounds: O pop psicodélico de The Marías

    De uma noite de open mic em uma lanchonete a um álbum sobre término.

    POR Laura Budin

    Se você conhece The Marías ou não, o novo projeto da banda te ensina a como escrever um álbum com seu ex – ou melhor, porquê escrever um álbum pós-término pode ser a melhor alternativa para se entender dentro e fora de um relacionamento. Com uma indicação ao Grammy em 2022 com ‘‘CINEMA’’ como ‘‘Melhor Engenharia de Álbum, não-clássico’’ e sonoridade que vai do dream pop ao jazz psicodélico, The Marías escreve sobre amor do subconsciente.

    Seu novo álbum iniciou a turnê ‘‘Submarine’’ no México no início de junho e no momento passa pela Europa até novembro deste ano – as expectativas são de que a banda venha fazer shows no Lollapalooza ou Primavera Sound aqui no Brasil.

    Hoje, o FFW te conta, porquê a história do duo María Zardoya e Josh Conway merecem um espaço na sua playlist de favoritos! De uma noite romântica no Kibitz Room a um álbum sobre término.

    Quem é The Marías?

    Formada em 2016, The Marías nasceu do encontro de María Zardoya (vocalista) e Josh Conway (baterista) em uma noite de open mic na conhecida lanchonete Canter’s Deli, no Kibitz Room – espaço conhecido por receber nomes do rock como Jim Morrison e Guns n’ Roses. Após a apresentação de María, que tinha acabado de se mudar para Los Angeles de Atlanta, Josh a convidou para compor com ele. A dupla acabou recrutando amigos próximos para fazer parte do projeto: Edward James no teclado e Jesse Perlman na guitarra – e isso deu início a The Marías. Hoje, a banda conta com dois álbuns de estúdio e dois EP’s de estreia.

    As influências de María e Josh

    Apesar do término, The Marías não repetiu os passos de Fleetwood Mac: ‘‘Somos tão diferentes que aprendemos constantemente um com o outro e também admiramos as diferenças um do outro. Estou sempre maravilhada com ele, e isso me inspira a ser uma artista melhor. Quando se trata de música, nossas diferenças realmente se complementam muito bem. Josh pensa mais musicalmente, e eu penso mais conceitualmente’’, escreveu María para o Grammy.

    Sobre essas diferenças, María afirmou que algumas de suas influências incluem Selena, Sade, Nina Simone, Billie Holiday, Erykah Badu e o cineasta Pedro Almodóvar, enquanto Conway é influenciado por Tame Impala, Radiohead, D’Angelo e The Strokes.

    ‘‘Quando você ama alguém, há esse desejo constante e subjacente de impressioná-lo. E estamos sempre tentando impressionar um ao outro, criativamente ou não. Acho que isso ajuda muito porque, ao fazer isso, inevitavelmente nos pressionamos um ao outro para fazer melhor’’, finalizou Conway.

    Uma música para começar

    Para realmente entender o novo álbum da banda, ‘‘No One Noticed’’ encapsula boa parte dos sentimentos, da criatividade e da musicalidade do The Marías. No entanto, ‘‘CINEMA’’ guarda grandes clássicos como ‘‘Hush’’ e ‘‘Calling U Back’’ – assim como as mixtapes iniciais da banda que contam com os grandes sucessos ‘‘I Don’t Know You’’ e ‘‘Only In My Dreams’’.

    Álbum para conhecer

    Com fotos de divulgação embaixo da água e escrito sob as lentes de um término, em seu melhor modo artístico, The Marías lança seu segundo álbum de estúdio, após ‘‘CINEMA’’, nomeado ‘‘Submarine’’. Com 14 faixas, ‘‘Submarine’’ passeia pelas dores, memórias e carinho do pós-relacionamento de oito anos entre María e Josh: ‘‘É um álbum que representa solidão e exploração. Nós o escrevemos em meio a um coração partido, minha mente girando em espiral a cada curva, minha visão um borrão. Ninguém percebeu, mas houve momentos durante o processo de composição em que senti que minha mente estava submersa e não conseguia ouvir nada, exceto o eco dos meus próprios pensamentos. Saí do outro lado desse espaço mental com mais clareza do que nunca e com um projeto do qual nunca estive tão orgulhoso. Quando estiver pronto para ouvi-lo, coloque fones de ouvido, encontre um lugar tranquilo onde possa estar com seu mundo interior e mergulhe sem olhar para trás’’, a banda escreveu no site principal do lançamento de ‘‘Submarine’’.

    Na musicalidade, o álbum é repleto de arranjos que vão do dream pop ao rock e jazz. Os destaques ficam para os sons aquáticos, harmonias de R&B e texturas eletrônicas suaves que se somam aos vocais etéreos e desolados de María.

    Visuais cinematográficos
    Além de suas músicas oníricas e fantasiosas, The Marías preza por clipes que reproduzam a mesma estética retrô e sonhadora de suas letras. Profundamente inspirados por diretores de cinema como Pedro Almodóvar e Wes Anderson, María sempre foi influenciada pelo audiovisual e divide uma paixão entre música e cinema que se sobressai nos clipes da banda: ‘‘Em alguns dos meus filmes favoritos, os diretores definem o clima e o tom de uma cena usando visuais e música marcantes. Queríamos que nossos vídeos fizessem o mesmo’’, explicou María para a Metal Magazine em 2021.

    Em ‘‘Submarine’’, María também dividiu com o Grammy que ‘‘Three Colors: Blue’’ de Krzysztof Kieślowskii, ‘‘Lost In Translation’’ e ‘‘Her’’ serviram de inspiração para o novo álbum: ‘‘Mais tarde, descobri que esses dois filmes foram criados em resposta ao fim de um relacionamento [entre a diretora de cinema Sofia Coppola e o cineasta Spike Jonze]. Então eu adorei isso também porque você cria essa arte em resposta a algo real e algo tangível’’.

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