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    FFW Sounds: Rachel Reis: O toque solar da “Sereiona” na Música

    Com sua mistura única de ritmos e uma estética tropical, a baiana conquista o público e promete mais surpresas em 2025.

    FFW Sounds: Rachel Reis: O toque solar da “Sereiona” na Música

    Com sua mistura única de ritmos e uma estética tropical, a baiana conquista o público e promete mais surpresas em 2025.

    POR Guilherme Rocha

    Aquariana de 27 anos, nascida em em Feira de Santana, na Bahia, a cantora e compositora carrega em sua música uma rica combinação de influências que traduzem tanto a tradição musical de sua terra quanto as novas sonoridades da música brasileira contemporânea. Crescendo em uma casa onde ritmos nordestinos como o forró, samba de roda, seresta e axé estavam sempre presentes, Rachel desenvolveu uma relação profunda com a música popular desde cedo. 

    Sua trajetória começou de forma modesta, cantando em bares e eventos locais ainda adolescente. Entre as referências que moldaram seu estilo estão grandes nomes da música baiana, como Caetano Veloso e Gilberto Gil.

    UMA MÚSICA PARA COMEÇAR: “MARESIA”

    A faixa ‘‘Maresia’’ traz leveza, romantismo e um toque irresistível de swing. Lançada em 2021 em colaboração com os produtores Cuper e Zamba que adicionam texturas sonoras que transitam entre a MPB e o pop. A canção celebra os pequenos prazeres de um relacionamento construído com tranquilidade. Com versos como “Na maresia a gente vai coladinho / E com esse dengo, eu tô tranquila demais”, a letra pinta um cenário de calmaria e conexão, onde o amor se fortalece na simplicidade do dia a dia. 

     

    ÁLBUM PARA CONHECER:

    ‘‘Meu Esquema’’, o álbum de estreia da cantora, foi lançado em 2022 apresentando uma fusão de gêneros musicais, incluindo arrocha, ijexá, pagodão, indie, brega, reggae, afrobeat e MPB. Entre as 12 faixas do álbum, destacam-se ‘‘Canto da Sereia’’, ‘‘Lovezinho’’, ‘‘Pelo’’ e ‘‘Brasa’’ – esta última contando com a participação especial da cantora Céu. Inclusive, o álbum recebeu um reconhecimento significativo, sendo indicado ao Grammy Latino na categoria de ‘‘Melhor Álbum de Rock ou Música Alternativa em Língua Portuguesa’’.

    O CONCEITO VISUAL:

    Rachel constrói uma identidade que é ao mesmo tempo solar e misteriosa, com um toque lúdico de ‘‘sereiona’’. Sua estética explora a energia do verão, marcada por uma paleta de cores tropicais, figurinos que evocam o frescor da estação e um universo de imagens que celebram a natureza e a autenticidade. O apelido “Sereiona” é uma brincadeira que destaca sua conexão com o mar e a natureza, temas recorrentes em suas canções e visuais. Essa identidade é ainda mais fortalecida em suas apresentações e videoclipes, onde ela incorpora elementos aquáticos e tropicais.

    Em entrevista ao FFW Rachel respondeu sobre seu novo single “Deixa Molhar” e o álbum que lançará neste ano:

    Como “Deixa Molhar” se conecta conceitualmente com seu single anterior “Ensolarada” e quais são as principais mensagens que você deseja transmitir com o álbum?

    ““Deixa Molhar” é uma música que já vem numa outra atmosfera em relação a “Ensolarada”, que foi uma música que eu pontuei com os tons ali muito pessoais, de mudança. É uma música que não tem um refrão exatamente e é cheia de camadas. Enquanto “Deixa Molhar” é uma música mais de um frescor de vida, de uma vontade de viver. Ela passeia um pouco pelo amor romântico, ela tem algumas nuances, inclusive no visual que a gente fez, mas a mensagem dela é de um amor em relação à vida, naqueles dias em que a gente acorda e a gente pensa – “poxa, vale a pena viver”. E a gente enxerga isso com a trilha sonora. “Deixa Molhar” fala muito sobre isso.”

     ⁠Até agora o álbum parece explorar contrastes entre momentos densos e leves. Como você trabalhou essa dualidade nas letras e na produção musical?

    “É um álbum realmente diverso. Quem me acompanha e gosta de mim por causa dessa diversidade cultural pode continuar esperando isso. Eu quis trazer vários produtores porque eu quis ter essa unidade que traria o universo de todas as faixas com roupagem de produtores que eu curto, admiro e acho que agregariam demais na música.  O álbum é um passeio por mim, amor romântico, como eu tinha dito na outra pergunta. Mas o ponto chave e o amor principal desse álbum é o meu amor em relação a mim, o amor próprio. Sinto que ele tem camadas, ele é denso e ao mesmo tempo ele é suave, ele é romântico, ao mesmo tempo que ele é mais incisivo e mais pessoal. Ele passeia de uma forma natural por mim mesmo. Por uma complexidade que eu acho que todo mundo tem ali, que eu gosto de explorar nas minhas músicas. Tanto o doce quanto o salgado, enfim… Gosto de trazer essa diversidade ali que só a gente tem, que só a gente conhece e às vezes a gente nem conhece.”

     

    Quais foram as principais referências visuais ou artísticas que ajudaram a construir o conceito do novo álbum? 

    “Eu convidei uma diretora que sou apaixonada, que é a Aline Lata, e que ela soube entender exatamente a textura, o cheiro, aquilo que eu queria transparecer nesse material, que passeia muito pelo meu universo imagético. Eu escrevi algumas coisas sobre ele, sobre a atmosfera dele, o que eu queria transmitir. A Lini soube abraçar aquilo ali e deixar único, então já gravamos todos os visuais, foram todos gravados em Salvador, e eu sinto que ficou único e conectado, assim como a atmosfera que a gente queria que ficasse e que iremos apresentar.”

    A energia do verão está muito presente no single e no visualizer. Como você planeja expandir essa atmosfera para outros materiais visuais do álbum, como capas, clipes e fotos promocionais?  

    “Eu e a Aline trocamos muito sobre isso. Naturalmente, quem me acompanha acaba levando um pouco para esse caminho, porque muitas das minhas músicas e dentro desse álbum também, são músicas solares. A minha escrita leva muito por esse lugar. Na paleta de cores, na estética, nas roupas. Então naturalmente vai levar isso a esse universo imagético.”


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