kidsuper: de esnobado a convidado para co-criar o próximo desfile da Louis Vuitton
Conheça Colm Dillane, que com apenas dois desfiles em Paris, está trazendo frescor e um novo olhar ao streetstyle
kidsuper: de esnobado a convidado para co-criar o próximo desfile da Louis Vuitton
Conheça Colm Dillane, que com apenas dois desfiles em Paris, está trazendo frescor e um novo olhar ao streetstyle
Ilustrando a máxima “o mundo dá voltas”, o fundador da KidSuper, Colm Dillane, acaba de dar uma das melhores reviravoltas dos últimos tempos: com apenas dois desfiles na Paris Fashion Week, sendo um deles improvisado por ter sido ignorado pela federação de moda francesa, ele retorna ao calendário mas com um gostinho especial: ele será o designer convidado para co-criar a coleção masculina inverno 23/24 da Louis Vuitton, que será apresentada no dia 19 de janeiro em Paris.
O aguardado show também contará com cenografia de Lina Kutsovskaya e dos diretores franceses Michel e Olivier Gondry, que criaram um filme que será apresentado como um prelúdio ao desfile. Sem contar a aparição de uma “estrela da música mundialmente famosa”, que está sendo mantida a sete chaves.
Desde a morte repentina de Abloh, a Louis Vuitton tem se desdobrado em busca de um novo diretor criativo que tivesse o mesmo impacto, porém, durante essa corrida encontrou o formato colaborativo para chamar novos talentos sem ter que anunciar as pressas um substituto oficial, por mais que nomes como de Martine Rose e do próprio Colm circulem entre os mais prováveis.
quem é Colm Dillane e como surgiu a KidSuper?
Criada quando o designer tinha apenas 15 anos e estava no primeiro ano do colegial, a KidSuper começou como uma marca de camisetas coloridas serigrafadas. Aos 20 anos e vendo que suas criações começavam a ir aos poucos para além da sua bolha, abriu um espaço físico no Brooklyn, que rapidamente passou a ser ponto de encontro de outros criativos, especialmente ligados à música e a arte de rua.
Sob o lema “tudo é possível quando você mira nas estrelas”, Colm sentia que seria em Paris o turning point para sua marca: no final de 2019, o pedido de Dillane para ingressar na programação oficial foi aprovado pela Fédération de la Haute Couture et de la Mode. Sua carta de aceitação apareceu no vestido de abertura de seu primeiro desfile, em fevereiro de 2020. A boa estreia foi seguida por uma série de apresentações digitais atraentes que chamaram atenção durante o período de pandemia, mesmo período que Dillane chamou a atenção da organização do prêmio de novos talentos da LVMH.
Abloh estava entre os juízes que concederam a Dillane o Prêmio Karl Lagerfeld de € 150.000, em 2021. Episódio que deu start a uma relação de amizade e troca criativa.
Vale ressaltar que suas conexões com o mundo da arte e da música o tornam uma boa opção para a Louis Vuitton, que tem um histórico de colaborações com artistas, mais recentemente uma coleção de grande sucesso como Yayoi Kusama. Sem contar sua facilidade em criar storytelling atraentes: o retorno do designer à programação física das passarelas de Paris em junho passado foi um destaque da temporada, graças à sua reinvenção inovadora do formato de desfile como um leilão de arte realizado na Soteby’s.