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    Quem é Matthieu Blazy, novo diretor criativo da Chanel

    A história do designer belga que foi discípulo de Raf Simons, passou pela Margiela, Bottega Veneta e acaba de assumir a marca de moda mais famosa do planeta.

    Quem é Matthieu Blazy, novo diretor criativo da Chanel

    A história do designer belga que foi discípulo de Raf Simons, passou pela Margiela, Bottega Veneta e acaba de assumir a marca de moda mais famosa do planeta.

    POR Redação

    A Chanel confirmou: Matthieu Blazy é o novo diretor criativo que vai ocupar a cadeira que já foi de Karl Lagerfeld. 

    Até pouco tempo, Blazy era um nome conhecido apenas de insiders da indústria. Quando Matthieu Blazy foi anunciado como o novo diretor criativo da marca italiana Bottega Veneta em 2021, a notícia foi recebida com surpresa. Nome pouco conhecido do grande público, ele nunca havia assumido um posto de tamanho destaque apesar dessa não ter sido a primeira vez que ele havia recebido uma proposta para assumir o cargo de diretor criativo numa grande marca. 

    Nascido em Ville Lumièreu, em 27 de junho de 1984, seu pai é um especialista em arte e sua mãe uma estudiosa de história.

    “Quando criança existe a aventura do quotidiano, a sensação de que tudo pode acontecer, por mais fantástico que seja, e não estamos tão presos às expectativas e convenções normais. A porta está aberta para a possibilidade de realidades e maravilhas inusitadas, cenários impossíveis que não permitem decepções. É o poder da sinceridade sobre o da estratégia”, escreveu ele nas notas do desfile verão 2025 da Bottega Veneta, em setembro, em Milão. “O que a criança que há em você deseja? Queria sentir mais uma vez a força primordial da moda, um fascínio adolescente que abraça a alegria de ver, descobrir e vestir: o poder do uau!”.

    Inscreveu-se na La Cambre, a academia de design de Bruxelas, onde a moda não era estudada de forma isolada mas também explorava, de forma transversal, a música, a arte, a semântica e a semiologia. Lá se formou em 2006 com uma coleção dedicada a Claudie Haigneré, política e ex-astronauta, que foi a primeira francesa a ir ao espaço.

     

     

    Ainda estudante, conseguiu um estágio na Balenciaga, sob a orientação de Nicolas Ghesquière (atual Louis Vuitton).

    Paralelamente participou do Concurso ITS de Trieste, onde não ganhou mas obteve uma oferta de emprego como designer masculino no time de Raf Simons, que estava entre os membros do júri. Por sorte, Pieter Mulier, braço direiro de Raf na época, foi quem o entrevistou e ficou impressionado com a forma como Blazy apresentou seu portfólio – normalmente você costuma trazer apenas imagens de seu trabalho, mas o jovem designer apareceu com a coleção inteira.

    Em 2011 Matthieu Blazy começou a trabalhar na Margiela para desenhar a linha Artisanal e coleções femininas.

    Três anos depois, ele se tornou Designer Sênior da Céline de Phoebe Philo, mas em 2016 voltou a trabalhar com Raf Simons, agora na Calvin Klein, em Nova York.

    Entre 2018 e 2019, o fim bastante turbulento daquela parceria criativa (devido às tensões entre Simons e a gestão da marca norteamericana) o levou a ter a necessidade de uma pausa. Ele ficou desapontado, desanimado e decidiu ir para Los Angeles para ver Sterling Ruby e Melanie Schiff. O artista e sua esposa estavam confeccionando roupas e lá ele redescobriu o prazer de criar longe das pressões comerciais.

    Em 2020 foi nomeado diretor de design da Bottega Veneta, ao lado de Daniel Lee, então diretor criativo que fazia sucesso na casa italiana.

    Um ano depois, com a saída repentina de Lee, ele assumiu a posição sob grande expectativa, apesar de poucos saberem o que podiam esperar.

    No look de abertura de sua coleção de estreia da Bottega Veneta, o inverno 2023, havia exatamente tudo que é Matthieu Blazy. Regata branca, jeans, salto preto e uma bolsa a tiracolo em tom vermelho “barolo”. Mas nem a regata nem o jeans eram o que pareciam ser. Eles foram o resultado de um trabalho extraordinário feitos inteiramente de couro.

    Desde então ele vem apresentando coleções e acessórios que primam pela união perfeita entre o design e o trabalho artesanal dos ateliês da marca italiana.

    Para reforçar sua visão criativa que soma suas referências estéticas e culturais à herança da Bottega, ele deu forma a diálogos criativos com Gaetano Pesce, Gino Sarfatti ou Le Corbusier, numa exploração contínua do dinamismo das formas de arte.

    Sob seu comando criativo, a Bottega Veneta se tornou uma das marcas mais aclamadas da atualidade graças ao trabalho do designer que introduziu frescor e novos designs – principalmente bolsas – que viraram referência e desejo absoluto.

    Na Chanel

    Em dezembro de 2024, a Bottega anunciou sua saída e imediatamente seu nome foi confirmado como o novo diretor artístico da Chanel. Após seis meses sem um diretor artístico,  a segunda maior marca de moda de luxo do mundo e a única casa de alta-costura entre as três primeiras escolheu o substituto de Virginie Viard e Karl Lagerfeld.

    Blazy será responsável por toda a moda que inclui as coleções de pret-à-porter e alta-costura além do segmento de acessórios, criando dez coleções por ano. Ele fará sua estreia em outubro de 2025 durante a Paris Fashion Week.

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