Seria o Barbiecore, o único core bem sucedido?
Tendência que começou como micro tem mostrado ser macro – indo além do viral
Seria o Barbiecore, o único core bem sucedido?
Tendência que começou como micro tem mostrado ser macro – indo além do viral
Sejamos sinceros dentre todos os “cores” que nos deparamos até agora, o Barbiecore foi o único a conseguir se prolongar para além do instantâneo. E a pergunta que fica é: por que dentre tantas estéticas recentes (e passageiras) essa foi a única a ter uma vida útil mais duradoura?
Como falamos no texto do Quiet Luxury, nas pesquisas realizadas neste semestre, o protagonismo de “tendência da vez” continua sendo dividido com o Barbiecore. Talvez o filme homônimo protagonizado por Margot Robbie e Ryan Gosling (com estreia prevista para julho) tenha dado esse fôlego maior? Sim, mas acredito que vai um tanto além.
Mais do que roupas cor de rosa, um universo perfeito e de ser catalisadora, por anos, de supostos ideais femininos, a boneca Barbie foi criticada, julgada e reformulada para acompanhar comportamentos e novos padrões (ou não padrões), sem deixar de lado seu fascínio – que mixa feminilidade com empoderamento, auto-estima com inacessibilidade.
Esse deslumbre e desejo por um mundo perfeito (“life in plastic, it’s fantastic”, já dizia a música do Acqua) é, sem dúvidas, um combustível que inconscientemente alimenta a estética, mas que, em outros momentos, parece ser apenas uma das facetas. Acredito que o Barbiecore tenha se prolongado (e se prolongue ainda mais) porque não é apenas sobre uma cor, combinação ou coincidência criativa desfilada na passarela. Mas sim um comportamento, uma atitude e, principalmente, algo que esbarra no estilo, mas aqui estamos falando de um estilo de vida e não meramente de vestir.