Começa nesta sexta (23.03) mais uma edição da Plana – Festival Internacional de Publicações de São Paulo. O evento já ocupou diversos lugares, como a Bienal e o MIS, e se transformou na melhor feira de publicações independentes do país. Desta vez, a Plana acontece na Cinemateca e com uma programação enorme que inclui exposições, filmes, documentários e oficinas. Uma ótima maneira de ocupar a cinemateca como um todo, otimizando a estrutura que o espaço tem a oferecer.
Em 2016 fizemos uma entrevista com a idealizadora da Plana, Bia Bittencourt, em que ela conta sobre o projeto.
Neste ano, o festival trata do tema “retorno ao nada” e se propõe a fomentar projetos não só no âmbito da cultura gráfica, mas também inspirando ideias políticas e sociais por meio de debates, conversas e encontros. A curadoria convidou 20 editoras, artistas e produtores culturais que desenharam coletivamente a programação de palestras, exposições e atividades que acontecem paralelas à feira.
A lista de expositores é enorme e enriquecida por 200 editoras brasileiras e de países como Argentina, Canadá, EUA e Uruguay. Artistas também podem participar como auto-publicadores, fazendo da Plana o melhor espaço e ponto de encontro para quem cria, produz, consome e frequenta. A FFWMAG estará à venda na banca da Sometimes Always, do Gabriel Finotti, diretor de arte da nossa revista.
Mostra Cinema Zero
De 23 de março a 1º de abril
Local: Cinemateca Brasileira (Largo Senador Raul Cardoso, 207, São Paulo)
PROGRAMAÇÃO COMPLETA
23 de março, sexta-feira
17h – Abertura
19h às 19h30 – Cinema Zero | estreia: La Jetée (La Jetée), 1962, Chris Marker
Sala do vazio
Organizador: Cineclube Fantasma
A partir de fotografias em preto e branco, La Jetée conta a história de um homem forçado a explorar suas memórias após a devastação da Terceira Guerra Mundial.
19h30 às 20h – Exposição: ANDA | visita guiada com curadores e artistas
Corredor de entrada
Artistas: Mariana Abasolo, Lucas Rampazzo, David Galasse, Filipi Filippo, Mateus Acioli, Juan Narowé
Curadoria: Lucas Ribeiro (Pexão) e Gabriela Castro (Bloco Gráfico)
21h às 22h30 – La Garçonnière
Deck
Artistas, poetas e escritores
La Garçonnière recria o ambiente e a atmosfera do apartamento onde Oswald de Andrade e sua namorada Maria de Lourdes (Miss Cyclone) recebiam, entre 1916 e 1918, os artistas, poetas e escritores que gestaram a Semana de 22 e fundaram o modernismo brasileiro. É hoje uma festa lítero-musical. Nas apresentações, poetas e escritores leem suas obras acompanhados por músicos, atores e performers, ao mesmo tempo em que artistas expõem seus trabalhos, suas instalações, suas obras plásticas e gráficas, seus livros e seus objetos.
24 de março, sábado
11h às 13h – Cinema Zero | sessão 2: Videograms of a Revolution (Videogramas de uma revolução), 1992, Harun Farocki e Andrei Ujica
Sala do vazio
Os videogramas de Farocki e Ujica mostram a revolução romena de dezembro de 1989 em Bucareste, a partir de uma nova forma de historiografia baseada nas imagens de arquivo coletadas.
11h às 12h – Curadores e colecionadores | Visita guiada
Ponto de encontro
Rota por editoras focadas em livros de artista, objetos e peças de coleção. As visitas guiadas são organizadas através de hora marcada.
12h15 às 13h15 – Colecionismo e Descolecionismo | com Rita Mourão e Lucas Ribeiro
Sala do absurdo
Organizador: Lucas Ribeiro
Retornar à simplicidade do zine como suporte para um projeto artístico, que no contexto atual pode circular por feiras em instituições culturais do mundo, é uma prática que contrasta com a dificuldade em se inserir no circuito de galerias e museus. Portanto, tanto artistas contemporâneos ainda desconhecidos quanto nomes que já participam do circuito de arte experimentam cada vez mais com publicações independentes. Mas o colecionismo da produção desse segmento está apenas começando no Brasil. O curador Lucas Pexão, a descolecionista Rita Mourão e seus convidados discutem o mercado de livros e edições de artista, pensando na conexão com o efervescente cenário de zines contemporâneos.
14h às 15h30 – O corpo morto | Christine Greiner
Sala do absurdo
Organizador: Neide Jallageas (Kinoruss Editora)
Professora e pesquisadora responsável pela abertura e incremento teórico no Brasil sobre os estudos da dança japonesa, Christine Greiner conversa sobre a reinvenção do corpo através da arte e a estética como tecnologia de transformação. Através da dança, das artes visuais, da política e da cultura viva do Japão, ela centra sua fala na vida singular do corpo e suas metamorfoses constantes e coloca em xeque o dualismo entre mente e corpo para desfazer os clichês sobre identidade e contraste entre Japão e Ocidente.
14h30 às 16h – Degênero: o grito do corpo | Amara Moira, Claudia Nigro e Chico Felitti
Sala do vazio
Organizador: Tiago Fabris Rendelli (Editora Urutau)
Em tempos de violência contra a diversidade, precisamos retornar ao nada e retomar os princípios que norteiam o respeito pela diferença. A mesa intitulada “Degênero: o grito do corpo” discutirá os ataques contra a diversidade de gênero que estão acontecendo atualmente em nossa sociedade. Além disso, serão debatidas as formas de exclusão que acontecem no mercado editorial, relacionadas a mulheres, lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. A mesa será formada pela professora doutora Cláudia Nigro (livre-docente em Crítica Literária e doutora em Letras pela UNESP/IBILCE) e pela doutora Amara Moira (travesti, feminista, doutora em Teoria e Crítica Literária pela Unicamp). A mediação será feita por Chico Felitti.
15h30 às 16h30 – Declamação a favor da poesia | Ricardo Aleixo
Deck
Organizadores: André Conti e Aline Valli (Editora Todavia)
Um dos maiores poetas contemporâneos brasileiros, o mineiro Ricardo Aleixo é também um performer experimentado e mesmerizante. Em sua performance, Aleixo promete fazer do seu corpo uma antologia de seus poemas e de seu corpus poético uma declaração – lírica e em alta voltagem – a favor da integração entre a literatura e os cinco sentidos. Temas como amor, literatura, cidade e racismo, que são típicos de sua poesia (que possui tanto uma vertente lírica quanto concreta), entrarão em cena. Será um show, um sarau, uma performance – e sobretudo uma declaração, em alto e bom som, a favor da poesia.
16h às 16h45 – Novos papéis para o mercado editorial | Arjowiggins
Piquenique
A Arjowiggins Creative Papers, fabricante francesa de papéis especiais desde 1770, e presente no Brasil há mais de quarenta anos, lançou novos papéis para fins editoriais e irá apresentá-los no Festival. Como convidada, a produtora gráfica Lilia Gomes, que há doze anos atua no meio editorial em editoras como Cosac Naify, Carambaia e UBU, se encarrega em mediar a conversa sobre o assunto.
16h30 às 17h45 – Abrindo caminhos | Miriam Alves e Jarid Arraes
Sala do vazio
Organizadora: Esmeralda Ribeiro (Quilombhoje)
A mesa busca discutir os caminhos e as oportunidades da escrita negra – impulsionada no século XXI pelo sucesso literário de Conceição Evaristo – no mundo literário e mostrar que, apesar das dificuldades, cada produção e lançamento não representa um ponto final, mas sim uma vírgula na história da literatura brasileira. Miriam Alves atua na literatura negra há mais de trinta anos e é poeta, prosadora e dramaturga. A jovem Jarid Arraes é escritora e cordelista e publicou nesse gênero o livro Heroínas negras brasileiras.
17h30 às 19h – Nada ou quase nada | Leszek Brogowski
Sala do absurdo
Organizador: Amir Brito Cadôr (Andante Edições)
Leszek Brogowski, professor da Universidade de Rennes e diretor das edições Incertain Sens, única editora universitária especializada em publicações de artista, apresenta uma reflexão sobre o que é ser editor hoje. Como o atual ambiente internacional, intelectual e político influencia as novas atitudes na Arte e nas publicações dos artistas? Entre as diferentes funções do nada na arte – estética, mística, reflexiva (autorreferencial), existencial (absurda), política (recusa ao trabalho) etc. –, a função econômica parece ser a mais atrativa para os artistas em busca de formas cruas de livros/zines. Mais do que o niilismo e o nada metafísico, a modéstia e as formas cruas são as dimensões políticas que retomam o nada nas publicações dos artistas atuais – o que é particularmente sensível no modelo de economia estética que os sustenta.
18h15 às 19h45 – Crítica da razão negra | Djamila Ribeiro e Silvio Almeida
Sala do vazio
Organizador: Peter Pál Pelbart (n-1 edições)
De todos os humanos, o Negro é o único cuja carne foi transformada em mercadoria. Ele é o subsolo inconfessável e com frequência negado não só do capitalismo, mas do projeto moderno de conhecimento, ou das formas de governo e dominação atuais. Com a provincialização da Europa, será que se dissolverá a figura racista do Negro? Ou, ao contrário, nos tornaremos todos negros, a partir de um novo racismo que o neoliberalismo securitário fabrica em escala planetária, através das múltiplas guerras empreendidas contra suas próprias populações? No seu ensaio tão erudito quanto iconoclasta, Achille Mbembe, considerado um dos mais agudos pensadores da negritude hoje, se debruça sobre a questão de nosso tempo: como pensar a diferença e a vida, o semelhante e o dessemelhante?
20h às 20h40 – Cinema Zero | sessão 3: Cat Effekt, 2011, Melissa Dullius e Gustavo Jahn
Sala do vazio
Uma mulher anda sozinha pelas ruas de Moscou, entrando e saindo de transportes e passagens sob o solo. Ela está a caminho de uma exibição de um filme sobre um gato. A partir da mistura de sensações, cores e sons, sonhos e realidades se misturam.
21h às 22h30 – Dez anos de Slam | Slam das Minas
Deck
Slam é uma batalha de poetas, que chegou no Brasil em 2008 e comemora uma década. É uma batalha inspirada no boxe, com regras que criam uma atmosfera de igualdade entre os competidores: só é permitida a declamação de textos autorais de até três minutos, não é permitido usar figurino ou objeto cênico, pode-se ler o texto e o júri é convocado
na hora. No Slam das Minas, somente mulheres podem se inscrever para a batalha. Durante a Plana, as inscrições para poetas serão feitas meia hora antes.
25 de março, domingo
10h30 às 12h – Cinema Zero | sessão 4: Regen (Chuva), 1929, Joris Ivens e Mannus Franken; A solas (Sozinho), 2013, Valentina Romero e Esteban Rivera; Wutharr, Saltwater Dreams (Wutharr, sonhos de água salgada), 2015, The Karrabing Film Collective
Sala do absurdo
Em Regen tudo se transforma sob influência da chuva. Regen é um poema-filme experimental que mostra a precipitação e queda da chuva em Amsterdã: a cidade na qual os canais e cenários tornam o tema sublime.
A Solas conta a história de um homem multifacetado: artista, cantor, compositor, produtor musical independente e pai. O filme é um projeto visual situado entre ficção, documentário e arte.
O Karrabing Film Collective é um grupo de mídia australiano com base numa comunidade indígena. Sendo o mais surrealista dos filmes do coletivo, Wutharr é um modo de auto-organização e análise do próprio modo de vida deles.
11h às 12h – Professores, gestores e realizadores culturais | Visita guiada
Ponto de encontro
Rota por editoras e projetos inspiradores, intencionados à cultura e resistência. As visitas guiadas são organizadas através de hora marcada.
12h às 12h40 – Descaminhos de um projeto | Felipe Abreu
Piquenique
Participam: Eduardo Dantas, Isadora Soares Belletti, Manoela Cézar, Matheus Nepomuceno, Ricardo Ribeiro, Thamires Tavares
Nesta conversa, Felipe Abreu (coordenador do curso “Acompanhamento de Projetos” realizado na Plana em 2017) mediará uma discussão sobre os desafios no desenvolvimento e na criação de projetos em fotografia, acompanhado dos alunos que participaram da primeira edição do curso, no ano passado. Serão discutidos os caminhos possíveis dentro da criação, além da exposição da caminhada dos alunos ao longo desse processo, apresentando o andamento de suas produções, suas dúvidas e seus próximos passos.
13h às 14h – Alunos de ensino médio | Visita guiada
Ponto de encontro
Rota por editoras e projetos inspiradores. As visitas guiadas são organizadas através de hora marcada.
13h30 às 14h10 – Produção imaterial | Claudio Bueno, Lorena Vicini e Thiago Carrapatoso
Piquenique
Organizadoras: Julia Ayerbe, Laura Daviña, Livia Benedetti e Marcela Vieira
Uma conversa sobre outras possibilidades de fomento e circulação de arte em paralelo ao cenário institucional. Será abordado como iniciativas que deslocam a produção para outros contextos podem influenciar a linguagem da arte e como viabilizar modelos autônomos frente à gradativa precarização das políticas públicas de incentivo.
14h às 17h – Leitura Surpresa | Sarau do Binho
Deck
Idealizado pelo grupo do Sarau do Binho, o projeto Leitura Surpresa nasceu na periferia de São Paulo e tem como objetivo incentivar as pessoas a lerem autores que ainda lhes são desconhecidos.
14h às 15h30 – Recusa do não lugar | Juliano Pessanha
Sala do absurdo
Organizadora: Florencia Ferrari (UBU editora)
Num palco, um ator lê trechos do livro filósofico-testemunhal de Juliano Garcia Pessanha, autor que também se encontra presente no palco. Os trechos narram as peripécias de um homem vazio que colocou o nada de si no altar e tentou fazer disso uma identidade positiva e diferenciada. No entanto, a diferenciação excessiva gerou um afastamento do mundo, obrigando-o a se voltar para a realidade e destroçar a identidade negativa para evitar ser arrastado para a miséria material. É um livro sobre o fracasso em ser nada. Após a leitura, Juliano fala da obra com o público.
15h30 às 16h30 – Processos, esgotamentos e desfechos | Urs Lehni (Rollo Press) e Erik van der Weijde (4478 zine)
Sala do vazio
Organizadora: Bia Bittencourt (Plana)
O que vem depois de anos de experimentações, processos, erros e acertos de uma editora independente, além da criação de uma vasta bagagem de dois homens que parecem ter tocado no cume dos seus projetos? Erik van der Weijde, que encerrou a atividade de sua editora de fotolivros autopublicados depois de treze anos, e Urs Lehni, que a dez anos se dedica em publicar pequenas tiragens de livros em processos gráficos elementares e parece chegar perto do esgotamento de sua carreira e do desejo por novos caminhos, conversam sobre o motor da produção, das motivações e das oportunidades desse mercado que ainda está em processo de compreensão e formação no Brasil.
17h às 17h40 – Flaneur Magazine | Edição Treze de Maio
Piquenique
A Flaneur Magazine baseada em Berlim foca em uma rua por edição. Eles dedicaram sua nova edição à rua paulistana Treze de Maio. Em colaboração com artistas e escritores locais, a revista recebe as muitas camadas e vozes do bairro do Bixiga e tenta usar esse microcosmo para contar histórias universais. Na Plana, o editor-chefe da Flaneur, Fabian Saul, e o diretor de arte, Johannes Conrad, discutirão o processo de feitio da revista. Eles vão apresentar vários contribuidores e convidar todos para discutir os temas da revista, assim acrescentando suas falas às muitas vozes da publicação.
17h às 18h – Intermediário | A role play de Roberto Winter e Vermes do Limbo
Sala do absurdo
Classificação etária: 18 anos
Organizadores: Marina Oruê e Douglas Garcia (Membrana)
Intermediário ocorre entre a projeção do documentário A role play de Roberto Winter e a performance da banda Vermes do Limbo. A role play é um documentário ficcional islandês que foi desenvolvido para a plataforma de trabalhos de arte aarea. O documentário de 45 minutos investiga os vídeos feitos por um brasileiro que diz ter matado o presidente dos Estados Unidos, abordando questões como a inteligibilidade dos atuais modos hegemônicos de comunicação e aquisição de informação, seus vícios, suas deficiências e suas distorções inerentes, ao mesmo tempo em que os confronta com eventos políticos atuais, modos de ação e seus horizontes (ou a falta deles). Vermes do Limbo é uma banda de Guilherme Pacolla e Vinicius Patrial, cujo estilo de som peculiar tomou forma a partir da repetição do erro. Baseado neste suposto instante em um evento futuro, haverá uma publicação da Membrana com textos de Renata Scovino e Tiago Santinho.
19h às 20h30 – A vida das plantas | Emanuele Coccia
Sala do absurdo
Organizadores: Marina Moros e Fernando Scheibe (Cultura e Barbárie Editora)
Estar-no-mundo é estar imerso, numa mistura em que não se pode haver mais sujeitos e objetos, já que tudo se interpenetra, tudo participa de uma mesma atmosfera formada pelo sopro de todos e de cada um. Segundo Emanuele Coccia, as plantas, com sua capacidade de fazer-mundo a partir da luz do sol, são o verdadeiro paradigma do aberto, do estar-no-mundo; Emanuele nos convida não tanto a um estudo de botânica quanto a uma astrologia levada ao extremo.
19h30 às 21h – Cinema Zero | sessão 5: Terceiro milênio, 1981, Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
Deck
Em Terceiro milênio, o cineasta Jorge Bodanzky documenta a viagem do senador amazonense Evandro Carreira por seu estado em 1980. A partir desse trajeto, no entanto, revela-se a força econômica do Amazonas e suas contradições: a corrupção na política indigenista e a presença de fábricas poluidoras às margens do rio Solimões.
21h às 22h30 – Orquestra Alfabeto | Encerramento
Deck
Organizador: Marcio Black
Integrantes das bandas Auto, Labirinto, National, Hurtmold, Objeto Amarelo, Telemuzik e Noala, juntos com o músico Akin e o produtor Marcio Black, formaram a Orquestra Alfabeto em 2010, para desdobrar paisagens abstratas e sonoridades nos limites entre a composição e a improvisação.
Paralelas ao Festival
24 e 25 de março | Poetas Ambulantes
Pelos metrôs e ônibus da cidade
Inspirando-se nos vendedores ambulantes que circulam dentro de coletivos oferecendo suas mercadorias, os Poetas Ambulantes oferecem aos passageiros poesia falada e escrita, em troca apenas de atenção, emoção e interação. A cada mês, os Poetas traçam um itinerário diferente, percorrendo diversas linhas de ônibus, trens e metrô, declamando e entregando poemas de sua própria autoria ou de autores consagrados. Para a Plana, os poetas estarão declamando nos ônibus que circulam pela cidade e levam até o Festival.
24 e 25 de março | Estação de Trabalho
Foyer do absurdo
Organizadores: Lucas Kröeff e Paula Lobato
A Estação de Trabalho é uma ação complementar às mesas, às conversas e à feira para gerir um periódico, feito e impresso durante o festival. Lucas Kröeff e Paula Lobato irão coordenar uma equipe de trabalho para criação e edição de texto, de imagem e de impressão para catalogação e acervo do conteúdo debatido e circulado durante a Plana.
24 e 25 de março – Grafiqueta #4 | Libélula
Deck
A Libélula apresenta o projeto Grafiqueta #4, um ateliê gráfico aberto onde as crianças e suas famílias poderão fazer experimentações e construções gráficas para a criação de livros. Atividade em colaboração com as editoras expostas na feira.
23, 24 e 25 de março – Direct Message | Feira de Arte Independente
Anexo II na Cinemateca
Organizador: Galeria Sancovsky
Criada em 2017 pela Galeria Sancovsky, a Direct Message é uma feira de arte que reúne e aposta na produção de artistas brasileiros independentes e sem representação em galerias. A iniciativa nasceu da busca por um modelo paralelo ao próprio circuito de artes visuais, e acredita na autonomia do artista em seus mais variados âmbitos: da liberdade para selecionar o que e como exibir, até a total independência na hora de comercializar e negociar seus trabalhos com o público. Assim como a Feira Plana, a DM busca entender e questionar as complexidades e especificidades do seu meio e das produções consideradas “à margem” do mercado.
24 de março – Sarau do Binho | Ponto de doação de livros para a Bicicloteca
Floresta
Espaço para doar livros aos projetos de incentivo à leitura promovidos pelo Sarau do Binho. O Sarau do Binho acontece há mais de 15 anos na zona sul de SP. É um encontro de pessoas ligadas às várias linguagens culturais: poetas, artistas plásticos, músicos, cineastas, fotógrafos, atores e outros, da região de Campo Limpo. É um espaço de encontro humano, onde a literatura e a poesia têm espaço privilegiado. O Sarau do Binho desenvolve várias ações com foco no incentivo à leitura, como a Bicicloteca, Livros no Ponto, Kombiblioteca e Leitura Surpresa.
Virtualidade e materialidade | aarea e Edições Aurora
No site da Plana
Organizadoras: Julia Ayerbe, Laura Daviña, Livia Benedetti e Marcela Vieira
Artistas participantes: Beatriz Toledo, Carla Zaccagnini, Fabio Morais, Ícaro Lira, João Loureiro, Julia Rocha, Mayana Redin, Nuno Ramos
Edições Aurora e aarea convidam oito artistas com quem trabalharam e com que desenvolveram projetos inéditos para responder questões sobre como a especificidade editorial e da internet influenciaram na produção de cada um, tendo em vista que suas obras costumam ser pensadas para espaços expositivos institucionais. As entrevistas estarão disponíveis no site da Plana durante e depois do evento.
17 de março de 2018, 17h às 21h – MECAIntro apresenta Narowé
MECASpot – Rua Artur de Azevedo 499, São Paulo
A primeira exposição individual do mineiro Narowé vai conectar a edição anterior do Plana Festival (Fim do Mundo), na qual ele foi Artista Convidado, com o evento deste ano (Retorno ao Nada). Ele inaugura o programa MECAIntro, que vai realizar primeiras individuais de artistas contemporâneos ao longo do ano, no MECASpot. Narowé parte da obra “A Queda”, de 2015, para apresentar trabalhos atuais, explorando os prazeres da edificação e do desabamento da linguagem pictórica através do desenho. Curadoria de Lucas Pexão.
23 de março, 20h às 00h – Flaneur Magazine: lançamento da edição 07
Escadaria do Bixiga – Rua Treze de Maio, Bela Vista
Flaneur é uma revista nômade, independente, que foca em uma rua por edição. A revista busca usar um único microcosmo para contar histórias universais e captar a complexidade das ruas, suas camadas e sua natureza fragmentada, com uma abordagem multidisciplinar. Em 2017, o time passou vários meses em São Paulo, produzindo uma nova edição dedicada à rua Treze de Maio, em colaboração com artistas e escritores locais. Na noite de abertura do Festival Plana, os colaboradores e o time da Flaneur vão levar a edição recém-publicada de volta às ruas. Você é bem-vindo na celebração desse lançamento especial para mergulhar nas múltiplas vozes da Treze de Maio. Mais tarde a festa vai continuar no samba lá na esquina.
27 de março, 17h às 20h – Germen | Ediciones Popolet
Galeria Jaqueline Martins – R. Dr. Cesário Mota Júnior, 443 – Vila Buarque, São Paulo
Artistas: Ivan Navarro, Courtney Smith, Francisca Benitez, Martin La Roche, Catalina Bahuer, Agustina Zegers, Anibal Bley, Dong Young Lee, Ignacio Gatica
Curadoria: Ignacio Gatica Rojas e Martín La Roche (Ediciones Popolet)
Coordenação: Bia Bittencourt
Germen é um cenário onde as publicações da Ediciones Popolet, editora dos artistas Ignacio e Martin, podem ser apresentadas e estendidas em projetos generativos em vez de apenas livros estáticos. Germen é apresentada como um espaço aberto de participação, interação e diálogo. É também uma plataforma de contemplação que parte do espaço da publicação para ir além e pensar como nós habitamos os livros, dentro e fora deles.
28 de março, 19h às 22h – O Bandido [No Meio Dessas Bananas/God or Dog?] | Tetini
55SP – R. Barão de Tatuí, 377 – Vila Buarque, São Paulo – SP
Curadoria: Julia Morelli
O Bandido [No Meio Dessas Bananas / God or Dog?] é um objeto sonoro em vinil produzido em edição limitada e concebido como uma moeda sônica. O projeto traz duas faixas em áudio e uma série de poemas-encarte intitulados “No Meio dessas Bananas / God or Dog?”. No espaço de projetos da 55SP, Tetine apresenta uma inédita ação sonora/transmissão na ocasião do lançamento do trabalho envolvendo a manipulação de tapes, vozes, found sounds e instrumentos eletrônicos em forma de uma listening party.
30 de março, sexta-feira
19h às 20h – Cinema Zero | sessão 6: Jardim Nova Bahia, 1971, Aloysio Raulino e Brasília, contradições de uma cidade nova, 1967, Joaquim Pedro de Andrade
Sala do Absurdo
Em Jardim Nova Bahia se pauta na visão de mundo do baiano residente em São Paulo: Deutrudes Carlos da Rocha. Dividido em duas partes, o filme se desenvolve a partir da alternância do depoimento de Deutrudes com os de outros baianos na mesma condição que a dele, e posteriormente a partir de imagens filmadas pelo próprio protagonista.
No documentário de Joaquim Pedro de Andrade mostra a distância e contraste entre Brasília, uma cidade planejada – símbolo do desenvolvimento nacional da época –, e a desigualdade social brasileira.
21h às 22h40 – Cinema Zero | sessão 7: O bravo guerreiro, 1968, Gustavo Dahl
Sala do Absurdo
Miguel Horta é um jovem político que chega à conclusão de que, para ajudar a causa pública, deve se inserir no governo através do partido de ideias contrárias as suas. Ao ver seu projeto de lei ameaçado, no entanto, percebe que era preciso muito mais para que seu sonho fosse realizado.
31 de março, sábado
19h às 19h40 – Cinema Zero | sessão 8: Cat Effekt, 2011, Melissa Dullius e Gustavo Jahn
Sala do Absurdo
Uma mulher anda sozinha pelas ruas de Moscou, entrando e saindo de transportes e passagens sob o solo. Ela está a caminho de uma exibição de um filme sobre um gato. A partir da mistura de sensações, cores e sons, sonhos e realidades se misturam.
21h às 22h40 – Cinema Zero | sessão 9: Flesh for Frankenstein (Carne para Frankenstein), 1973, Paul Morrissey
Sala do Absurdo
Nesta adaptação do clássico Frankenstein, Morrissey cria um universo absolutamente bizarro no qual Baron Frankenstein cria dois zumbis, uma mulher e um homem, com o intuito de atingir a raça sérvia perfeita.
01 de abril, domingo
18h às 19h40 – Cinema Zero | sessão 10: Terceiro milênio, 1981, Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
Sala do Absurdo
Em Terceiro milênio, o cineasta Jorge Bodanzky documenta a viagem do senador amazonense Evandro Carreira por seu estado em 1980. A partir desse trajeto, no entanto, revela-se a força econômica do Amazonas e suas contradições: a corrupção na política indigenista e a presença de fábricas poluidoras às margens do rio Solimões.