O primeiro dia de Fashion Rio foi uma experiência de aclimatização para os visitantes, mas não para as belezas de desfile. Sem medo de derreter o make, os quatro desfiles foram totalmente diversos.
A beleza criada por Lavoisier foi inspirada em bandas de rock dos anos 1980. A melhor referência é o Kiss, disse o maquiador, “por causa da cara branca e sem desenhos”, feita com air brush próprio para pintura.
O cabelo, liso e levemente texturizado, era especialmente dark: foi fixado com um incrível moicano de pregos que, segundo os modelos, não era assim tão pesado.
Max Webber incorporou o tema do desfile de maneira criativa. Com um pincel comum de pintura, aplicou no rosto das modelos delineadores de diversas cores que invocavam o interior de uma árvore.
Para fazer um “cabelo de carpinteiro”, Max fez algo ainda mais interessante: fixou um coque banana alto com metade do cabelo e, com a parte de trás, trançou as madeixas em direções apostas, fazendo uma espécie de costeleta. “Assim, fica masculino de frente e feminino por trás”, disse.
Daniel Hernandez deixou a pele natural – aplicou apenas base, pó compacto e, nos cílios, curvex – para destacar os lábios: o batom vermelho era cuidadosamente finalizado com glitter comum da mesma cor.
O cabelo foi preso em uma trança bem fixada, presa no meio da cabeça. “É bem simples, já que o penteado é decorado com laços”, disse Daniel.
Outro assinado por Max Webber, o make de Victor Dzenk tinha inspiração nas ninfas mitológicas. O cabelo foi preso em um coque alto bem-feito, onde Max anexou com grampos três cordas de sisal, duas delas trançadas.
Os olhos foram a parte mais destacada: havia sombra marrom no côncavo e em volta do canto exterior, que também levou um pouco de sombra preta, e lápis branco no canto interno.