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    25 anos depois, dançarinos da Madonna são reunidos no doc Strike a Pose
    Madonna e sua gangue de dançarinos na Blond Ambition Tour, de 1990 ©Reprodução
    25 anos depois, dançarinos da Madonna são reunidos no doc Strike a Pose
    POR Redação

    Foi em 1990 que a Madonna fez a turnê mundial mais controversa de sua carreira, a Blond Ambition, que a Rolling Stone reconheceu como o maior show da década. Censurada pelo vaticano, foi nela que a cantora usou o icônico – e cônico – sutiã de Jean Paul Gaultier e teve a sua gangue de dançarinos, que faziam principalmente o voguing, estilo de dança que os gays, sobretudo os afro-americanos do Harlem, em NY, usavam para se auto afirmar perante a sociedade homofóbica da década de 1970. Anos mais tarde, a Madonna popularizou a dança em um de seus maiores hits, Vogue.

    Blond Ambition também rendeu o clássico documentário Na Cama com Madonna, que na época atingiu a maior bilheteria da história. O doc revela os bastidores da turnê, acompanhando a relação da cantora com toda a sua equipe, e aborda temas “polêmicos” como homossexualidade, religião, fama, divórcio, relacionamentos, morte e AIDS. Natural, portanto, que a sua gangue composta por nove dançarinos, sete homens e duas mulheres, fossem as grandes estrelas coadjuvantes – Madonna inclusive os chamava de “meus filhos”.

    Para realizar a BA, eles foram selecionados por meio de anúncios e audições abertas. Entre os homens, Oliver Crumes é o único heterossexual, diferente de Luis Camacho, Salim Gauwloos, Jose Gutierez, Kevin Stea, Gabriel Trupin e Carlton Wiborn, todos homossexuais. Conforme seu alcance, Na Cama com Madonna também foi importantíssimo à época por conta da intimidade que foi registrada dos dançarinos enquanto gays, inclusive com o beijo de Gabriel e Salim – eles foram os representantes que serviram de referência para que muitos gays do mundo inteiro fossem quem realmente são.

    Mas nem tudo são flores. Um ano após o lançamento do doc, Kevin e Oliver processaram a cantora por pagamentos contratualmente retidos, e Gabriel a processou por invasão de privacidade, pois ele não queria que seu beijo com Salim fosse mostrado. Um acordo foi feito com os três fora dos tribunais em 1994 e, no ano seguinte, Gabriel faleceu de AIDS; durante a turnê, Carlton, que chegou a participar da The Girlie Show, em 1993, e Salim também tentavam desesperadamente esconder a doença. Luis Camacho e Jose Gutierez chegaram a gravar um disco pela extinta gravadora da Madonna e alegaram que a cantora não quis divulgá-lo como deveria; depois disso, não tiveram mais contato com ela. Já Kevin continuou a carreira e trabalhou com outros nomes de peso, como Prince, Michael Jackson e Beyoncé.

    Pela primeira vez em 25 anos, os diretores Ester Gould e Reijeir Zwaan reuniram esses dançarinos no documentário Strike a Pose, a fim de examinar as consequências que este icônico período proporcionou para cada um. “Durante anos após a turnê e o processo, foi um ponto muito doloroso na minha vida, uma lembrança de uma amizade perdida e um monte de mal-entendidos”, explica Kevin. “Eu sempre evitei falar sobre isso por causa das respostas de ódio que os fãs me mandaram a partir do processo. Eu não entendi esse ódio todo”.

    Por outro lado, o dançarino confessa que se surpreendeu ao reencontrá-los. “O nível de conexão era inesperado. Quando todos entramos juntos na sala, senti que tempo nenhum passou e todos nós voltamos aos mesmos papeis que tínhamos antes, mas cada um com vinte e cinco anos de sabedoria e experiências”, deleita-se. “E com esse fio invisível da perda de Gabriel. Uma das coisas bonitas é que ele ganha vida quando estamos todos lá”.

    Strike a Pose foi lançado ano passado e exibido nos festivais de Berlim, Amsterdã e Tribeca e em breve ganha lançamento digital para download.

    strikeaposefilm.com

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