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    As “batidas emotivas psicodélicas de electro-dance” da canadense Grimes
    As “batidas emotivas psicodélicas de electro-dance” da canadense Grimes
    POR Redação

    A cantora Grimes fotografada para a “Nowness” ©Reprodução

    Ex-estudante de neurociência que tem a freira alemã Hildegarda de Bingen (1098 – 1179) e a cantora americana Mariah Carey como referências musicais, a canadense Claire Boucher, ou Grimes, como ela prefere ser chamada artisticamente, é uma bagunça organizada: a primeira impressão é a de caos, mas, de alguma maneira mágica, a coisa funciona.

    Assista ao vídeo de “Crystal Ball”, do EP “Darkbloom” (2011):

    Eleita pela “NME” como a número um na lista das 20 novidades mais empolgantes de 2012, a artista de 24 anos já ganhou destaque em outros veículos especializados em música, como o “Pitchfork” e a revista “Dummie”, além do “Nowness”, “W”, “Vogue” America e o “The New York Times” – que lhe dedicou uma longa reportagem e tentou descrever sua sonoridade como a de uma “prima mais jovem, festeira e descolada da Enya”.

    A tentativa de definição é válida e realmente faz sentido, mas o trabalho de Grimes é desses sobre os quais é difícil falar sem cair na categoria dos gêneros musicais inventados. Pela internet, descobre-se os mais variados termos usados para apresentar ao leitor a sonoridade da cantora: “batidas emotivas psicodélicas de electro-dance” (“The New York Times”); “som eletrônico cacofônico” (“Vogue” America); e “algo vindo de um futuro utópico” (“W”) são apenas alguns dos exemplos curiosos.

    Assista ao vídeo de “Oblivion”, primeira música de trabalho do álbum “Visions” (2012):

    Diante dessa complexidade sonora, é difícil acreditar que Grimes tem apenas três anos de experiência no universo musical. “Sempre fui muito obcecada por música, mas sempre achei que não sabia fazer isso. Então alguém me mostrou como usar o [software de edição] Garage Band – que você pode simplesmente fazer loops, o mesmo som de novo e novo, e construir uma música a partir disso. (…) De repente vi que eu sabia como fazer música”, ela afirmou em entrevista à “W”. Hoje em dia, segundo o “The New York Times”, ela produz suas próprias faixas e chega a sobrepor mais de 50 vocais para alcançar o seu característico efeito etéreo.

    Já em seu terceiro álbum de estúdio, antecedido por “Geidi Primes” e “Halfaxa”, além do EP “Darkbloom”, todos de 2011, Grimes tem um método de trabalho tão particular quanto seu estilo musical: para gravar “Visions”, o disco lançado em fevereiro deste ano, ela declarou ter se trancado em seu quarto durante semanas, fechado todas as janelas e ter ficado sem dormir e comer. “É o melhor jeito para gravar música”, ela afirmou, acrescentando que costuma ficar acordada por mais de 72 horas pelo menos uma vez por semana, e que se sente “maníaca, querendo criar e sem vontade de dormir”.

    Assista ao vídeo de “Vanessa”, do EP “Darkbloom” (2011):

    Em entrevistas, a canadense demonstra uma ambição artística de desenvolver o mesmo “culto da personalidade” promovido por Nicki Minaj e Rihanna, que ela cita em entrevista à “Nowness”, e de “estetizar tudo o que é possível de ser estetizado”, como ela disse à “W”. Como pode ser notado pelo vídeo acima, co-dirigido pela própria e com um orçamento de US$ 60 todo usado em bebidas, a artista tem mesmo um senso estético bem particular, apesar de afirmar que por enquanto, no quesito vestuário, ela “não tem nada [de roupa] de designers”. Por enquanto — porque é apenas uma questão de tempo até as grandes grifes abrirem os olhos para o frescor desse novo talento.

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