We Have Band
WBH
Indie – Naive Records
Avaliação: Bom
O trio britânico formado por três ex-funcionários da EMI tomou as pistas de dança indies de assalto ao entrar em uma das coletâneas da Kitsuné em 2009. No último mês, confirmaram o hype ao lançar o disco “WBH”, que soma as influências de Talking Heads, Hot Chip e Pet Shop Boys. Uma nota de tensão crescente entre o analógico e o digital – guitarras versus sintetizadores, baixo versus beats, piano contra vocoders – dá densidade ao álbum, enquanto singles matadores como “Oh”, “Divisive” e “You Came Out” dão fôlego. Uma boa estreia.
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Hole
Nobody’s Daughter
Islands / Universal Music
Avaliação: Ruim
Uma antimusa complexa, indomável, violenta e controversa. Essa era a Courtney Love dos anos 1990, a viúva negra do grunge e vocalista do Hole. Em “Nobody’s Daughter”, Courtney usa o nome do grupo, defunto em 2002, mas sem nenhum integrante da sua formação original. Ao tirar a banda do túmulo, a vocalista também profana a sua memória com um blues-rock acústico e arrastado, em que a tristeza e autodestruição das letras não convencem. Produzido por Michael Beinhorn, que também assinou o bem sucedido “Celebrity Skin”, o álbum não repete o sucesso de hits como “Miss World”, mas procura repetir sua fórmula em “Loser Dust” e “Dirty Girls”.
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Broken Social Scene
Forgiveness Rock Record
Arts & Crafts
Avaliação: Ótimo
Pontas-de-lança da música independente no Canadá nos anos 2000 e celeiro para artistas como Feist e bandas como Stars, Metric e muitas outras, o Broken Social Scene lança nesta terça-feira (04/05) seu quinto disco de estúdio. Expansivo, consistente e às vezes caótico, “Rock Record” tem espaço para tudo ao mesmo tempo agora: metais, guitarras, percussões, coros grandiosos, sintetizadores, mas agora em uma roupagem mais pop. Baseados em Toronto, eles são conhecidos pela formação gigante – já chegaram a ter quase 20 integrantes – e espaço para experimentação. Goste ou não, a importância da banda no mundo pop de hoje é inquestionável.
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The National
Hight Violet
Beggars Banquet
Avaliação: Ótimo
Com uma trajetória singular para os tempos de internet, o The National construiu sua reputação de grande banda americana ao longo de 11 anos. Aclamados pela crítica, o quarteto de Ohio, Estados Unidos volta no seu quinto álbum de estúdio, lançado na próxima terça-feira (11/05). “Violet” dá continuidade ao pós-punk sombrio no qual o grupo se move com tanta facilidade – e que merece uma audição com fones de ouvido, em local silencioso. É um disco complexo nas composições, artesanal nos arranjos e necessário para um fã de indie rock.