Campanhas virais na internet podem não ser mais novidade – mas uma delas tem tirado o sono de jornalistas e fãs recentemente. Através de uma conta de usuário do You Tube, sob o codinome IAMWHOIAM (“eu sou quem eu sou”, em português), foram postados uma série de vídeos, no mínimo, enigmáticos.
Uma mulher loira, coberta de lama, aparece em ângulos esquisitos e com trechos de música eletrônica ao fundo. Assista:
A imprensa tem associado os vídeos a gravadora Sony Music, que o teria divulgado em blogs de música, além de ter enviado pacotes misteriosos as redações da MTV News. Fãs especulam que seria Christina Aguilera e seu próximo álbum, “Bionic”, as razões por trás da campanha. Em artigo publicado no jornal britânico “The Guardian”, um fã diz ter desvendado o enigma, provando que a misteriosa artista seria Aguilera. O agente da cantora nega os rumores.
Outra hipótese liga os virais a artista sueca Jona Lee, por semelhanças de fisionomia no vídeo acima, mas o empresário de Lee também nega qualquer envolvimento.
Outros blogs ainda falam que bandas envolvidas podem ser: Goldfrapp, (hipótese difícil, já que o álbum “Head First” tem videoclipe e material promocional), Lykke Li (também difícil, já que a sueca está passando por um hiato em sua carreira), ou as excêntricas The Knife e Björk. Outras possibilidades distantes seriam Lady GaGa (não duvidamos de nada vindo dela!), Golden Filter e Nine Inch Nails.
Seja quem for o/a artista por trás da ação, o resultado tem sido positivo: o canal já soma mais de 300 mil exibições no You Tube, grande atenção da imprensa e inúmeros posts em blogs e menções no Twitter, além de atrair fãs de diferentes gostos: pop, electro, alternativo e indie.
QUESTÃO DE GOSTO
O que define gosto musical? O que determina quais produtos consumimos? Responder essas perguntas é a essência do marketing: a publicidade dribla os preconceitos e experiências dos seus possíveis consumidores. No caso de IAMWHOIAMIAM, acontece o contrário: em vez de se criar uma imagem (que atrai uma parcela de mercado mas pode repelir outra), se tem um produto isento de rótulos, posições políticas , fashion statements ou atitudes. Sendo assim, é uma coisa universal: o público cria a sua opinião baseada somente na música.
Mas, afinal… não é assim que deveria ser?