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    Uniforme mais icônico da história do futebol foi criado em 1953 por designer de 19 anos
    Uniforme mais icônico da história do futebol foi criado em 1953 por designer de 19 anos
    POR Camila Yahn

    A primeira camiseta verde e amarela, criada por Aldyr Garcia Schlee em 1953 ©Reprodução

    Um dos símbolos mais fortes do futebol brasileiro é, claro, sua camisa amarela de jersey, usada pelos jogadores e torcedores. Ao longo das décadas o uniforme brasileiro tem passado por modificações, mas a camiseta “canarinho” jamais saiu de cena.

    O livro “Futebol – O Brasil em Campo”, do jornalista britânico Alex Bello, dedicado à cultura dessa paixão nacional, traz um capítulo especial focado no criador do uniforme mais célebre da história do futebol.

    Em 1950 o Brasil jogava com camiseta branca e colarinho azul quando perdeu a inesquecível final para o Uruguai no Maracanã. Segundo o site da “The New Yorker”, o jogador Ghiggia, que marcou o gol da vitória, disse mais tarde: “Apenas três pessoas conseguiram silenciar o Maracanã: Frank Sinatra, o Papa João Paulo II e eu.” Imediatamente se fez a necessidade de um novo uniforme. Aquele não parecia patriótico o suficiente.

    Entra em cena um jovem ilustrador de 19 anos, Aldyr Garcia Schlee. Com o apoio da Confederação Brasileira de Desportos, o jornal carioca “Correio da Manhã” promoveu um concurso para a criação de um novo uniforme para o Brasil, usando as quatro cores da bandeira. Aldyr venceu os mais de 200 concorrentes com a camisa amarela com colarinho e punhos verdes, shorts azuis com faixa branca e meias brancas. O Brasil estreou o novo uniforme no Maracanã, no dia 14 de março de 1954, em uma vitória de 1 x 0 sobre o Chile. Em 1958, em uma partida contra a anfitriã Suécia, teve que improvisar um segundo uniforme pois os suecos também usavam amarelo. Compraram às pressas uma camiseta azul e bordaram o emblema.

    Ele deixou Pelotas (RS) e mudou-se para o Rio; parte do prêmio era um estágio no jornal. Também recebeu o equivalente a R$ 20 mil e ainda a convivência perto de grandes figuras da época, como Nelson Rodrigues, Millor Fernandes e Samuel Wainer. Porém, segundo conta o livro, Aldyr se decepcionou com os jogadores, envoltos em bebedeiras e mulherada. “Os jogadores eram um bando de canalhas”, ele conta.

    A seleção venceu com o novo uniforme em 1962 e desde então é um símbolo brasileiro. Mas eram outros tempos. Mal sabia o designer que em 1996, a Nike supostamente pagou US$ 200 milhões pelos direitos sobre a camisa de jersey, até então o maior patrocínio dado a um time na época, segundo a “The New Yorker”.

    Aldyr voltou para Pelotas, mas foi preso durante a ditadura em 1964. Perdeu seu emprego como professor e sua tese de doutorado foi apreendida pelos militares, atrasando sua finalização em 12 anos. Nada disso impediu que, na volta, ele fizesse uma carreira bem sucedida como autor, professor de universidade e jornalista, vencedor do Prêmio Esso de Jornalismo. A criação do nosso uniforme passa por duas histórias de sucesso.

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