“A música é uma grande parte das nossas vidas. Chegou a hora de trazer o poder da nossa busca para o mundo da música”. O Google acaba de anunciar a expansão de sua ferramenta de buscas (que tem centenas de milhões de usuários diariamente) para o mundo da música. A busca, que está sendo implementada gradativamente nos Estados Unidos, filtra nomes de artistas, discos ou versos e levam a sites como Imeem, iLike, Rhapsody, Pandora e Lala para audição, preview e compra online. Entenda mais no vídeo abaixo (em inglês).
Streaming é o futuro?
Com o endosso do Google, fica a pergunta: será que o streaming é o futuro da música online? Os planos parecem ser a longo prazo, mas para a tristeza dos pessimistas, não estamos em um beco sem saída.
1) Uma pesquisa recente, realizada pelo Music Ally, (que tem como clientes as empresas Apple e Universal), confirmou que o número de downloads caiu de 42% para 26% entre os jovens britânicos de 14 a 18 anos, no período entre 2007 e 2009. Eles preferem ouvir música no Youtube e Spotify, sites que revertem porcentagem da sua publicidade para as gravadoras, selos ou ao próprio artista, de acordo com o número de acessos.
2) A tecnologia do streaming, a princípio, é mais fácil de controlar que um download. Ela sai do servidor com nome, autor, permissão e IP de destino – além de ser muito mais prática para o usuário, que não espera o download e não precisa ocupar seu HD ou a memória do seu celular com um arquivo.
3) Some a esse argumento o fato da tecnologia como um todo caminhar para uma direção de desapego dos arquivos e uso de servidores externos. Imagine só um iPhone que funciona diretamente ligado à iTunes Store, com uma biblioteca digital infinita? E com um plano de dados (8, 12, ou 16 GB?) debitado automaticamente na sua conta de celular? Para um fã de música, é uma ideia tentadora.
4) Mas quem paga a conta desse streaming? Essa é uma das grandes questões – já que esse modelo de negócios ainda não se estruturou completamente. O YouTube causa um prejuízo de US$470 milhões por ano ao Google, já que todo o conteúdo do site é gratuito. Recentemente, o MySpace desabilitou o recurso de play automático nas suas páginas musicais, para diminuir os custos de $10 milhões mensais em servidores.