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    Some Community
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    POR Camila Yahn

    A banda Some Community tocando ao vivo no desfile da Triya ©Agência Fotosite

    O desfile da Triya foi o penúltimo da 21ª edição do Fashion Rio e contou com a atuação ao vivo da banda Some Community, cujo baterista, Marco, 23, é irmão de Isabela Frugiuele, sócia e estilista da marca. Com um mix de três de suas músicas, “At her light”, “73” e “Head and Tail”, que, segundo a banda “têm tudo a ver com a pegada da marca”, os Some Community deram à Triya o que ela precisava para completar a sua apresentação.

    A banda surgiu há três anos de um interesse em comum de amigos de cursinho. A Marco juntam-se Juliana Vacaro, 30, vocalista, a sua sobrinha Veronica Vacaro, 23, no piano e guitarra, o gaúcho Bernard Simon, 26, responsável pela guitarra e baixo, e Gabriela Gonzalez, 23, no baixo. Cada um com influências musicais próprias, que vão da musica clássica a Beyoncé, cuja reunião resulta em um som animado e eclético.

    A banda ensaiando antes do desfile ©Felipe Abe/FFW

    Veja abaixo a entrevista que o FFW fez com a banda enquanto ensaiavam para o mini-show durante o desfile:

    Como aconteceu o encontro entre vocês e a formação do Some Community?

    Verônica: Estamos tocando juntos há três anos. Eu estou estudando arquitetura, a Juliana tem um mestrado em história, o Bernard é economista, já até trabalhou no mercado financeiro! (risos)

    A gente se conheceu no cursinho. E sempre conversávamos muito sobre música e decidimos tocar junto. A Juliana entrou um mês depois. Ela é minha tia, e em um réveillon na nossa casa na praia ela exigiu entrar (risos)! As primeiras músicas eram umas demos do ensaio, que a gente colocou no MySpace, que ainda não tinha morrido naquela época, há uns três anos. Se tivesse sete audições por dia a gente já comemorava!

    Quando gravaram de forma profissional pela primeira vez?

    Juliana: Gravamos o primeiro EP em um estúdio um ano depois. Agora já temos dois EP’s de cinco músicas cada. E esse foi um EP que foi gravado na casa do Mancha (amigo da banda), e foi um processo muito legal. Tava rolando uma obra do lado de fora da casa, por isso o EP chama-se “Under Construction”. Todo mundo participou muito.

    Marco: É, e a gente tava em casa, porque a casa do Mancha não é exatamente um  estúdio, é uma casa onde os amigos se reúnem, tem festas no final de semana e a gente já tocava lá, então gravar foi super em casa mesmo.

    Existe uma definição do estilo musical de vocês?

    Marco: Não sei, a gente tem vários elementos que misturam bem. Temos um lance de botar uma guitarra meio distorcida, o clássico do piano, a bateria tá puxando para umas coisas mais tribais, a Juliana tem um estilo mais punk de cantar… então são muitas referências diferentes.

    Da esquerda para a direita: Veronica Vacaro, Gabriela Gonzalez e Bernard Simon durante o ensaio ©Felipe Abe/FFW

    E suas referências e ícones?

    Verônica: Temos vários gostos em comum e outros muito diferentes. Acabamos de tocar com Wild Beasts, que é uma banda inglesa e uma paixão dos cinco. Depois tem as coisas mais das antigas… Bowie, Sonic Youth, que o baterista não gosta (risos)!

    Marco: É difícil falar, eu gosto de blues antigo, a Verônica ouve musica clássica, a Gabi gosta de várias coisas, incluindo Beyoncé…

    Algum de vocês tem formação em música?

    Não, todos tocamos porque gostamos e aprendemos sozinhos.

    Além do trabalho com a Triya, qual a relação que vocês têm com a moda?

    Marco: A Isabella. estilista da marca, é minha irmã. Mas a banda inteira gosta muito de moda, gosta de ver, de saber… e eu também, porque a Isabella tem a Triya e minha mãe também tem uma loja.

    Juliana: E a gente acabou de lançar um clipe maravilhoso, que foi o Gabriel Dietrich que dirigiu. O Felipe Veloso, stylist do desfile, viu o clipe e achou que tinha tudo a ver. O clipe ajudou muito porque ele tem uma estética meio Triya.

    Vocês tocaram em um  festival no Texas, o SXSW. Como foi?

    Verônica: Foi demais. Tocamos lá pela segunda vez esse ano e é uma experiência incrível para qualquer banda, qualquer pessoa.

    Marco: O mais legal de ir para lá é não ter roteiro e só passear e ver as bandas. Ficamos um mês nos Estados Unidos tocando, conhecemos gente pra caramba. Ainda não tocamos na Europa. AINDA NÃO (risos). Mas já tocamos no CMW (Canadian Music Week), no Canadá.

    Bernard: Você perguntou há pouco sobre a nossa relação com moda e agora perguntou sobre o Texas. E eu queria acrescentar que quem for para o Texas para esse  festival, vai ver por que moda e música estão ligadas. Não tem uma banda que não se preocupe com isso. É streetstyle total.

    Quais são os planos e projetos para o Some Community?

    Juliana: Tantos! Agora estamos em processo de composição porque a gente quer lançar um álbum inteiro.

    Verônica: A gente cumpriu a meta até hoje, que era lançar o disco, os clipes e fazer turnê e agora a gente quer compor música nova, fazer um álbum com um conceito novo. Como não temos contrato com nenhuma gravadora, queremos aproveitar esse momento para focar nisso e correr atrás.

    Veronica, Juliana e Marco ©Felipe Abe/FFW

    Os EP’s que vocês lançaram estãos disponíveis para download grátis. Vocês acham que a gratuidade é cada vez mais o futuro da música?

    Juliana: Eu acho que faz sentido vender álbum, mas tem que ter na internet de qualquer forma. A experiência que você vai ter com o disco físico é outra. Tem que se criar um conceito, tipo o do vinil, que você compra e tem uma capa legal.

    Marco: A gente tá se preocupando bastante com isso. Somos dessa geração de baixar coisa, não tem como privar ou botar no site cobrando R$ 10 se nós mesmos fazemos o contrário. Mas tentamos valorizar o físico também. A capa do nosso álbum foi um super design que fez, o Vinicius Costa, e é linda. Então você compra o disco, mas leva junto uma arte bonita. O disco físico não acabou, mas você tem que colocar mais valor nele.

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