A mostra “Eternamente agora: um tributo a Mário Cravo Neto”, organizada pelo Instituto Tomie Ohtake, com curadoria de Paulo Herkenhoff e Christian Cravo, homenageia o fotógrafo brasileiro (morto em agosto deste ano vítima de um câncer) por meio de 50 imagens e três esculturas.
“A seleção de retratos não privilegia a estética, mas o modo simbólico como Cravo Neto viu cada um deles”, explica Herkenhoff. Neste segmento estão uma escultura (“Exu”) de seu pai Mário Cravo Junior, uma fotografia por seu filho Christian Cravo e joias de sua irmã Kadi.
Na exposição, algumas relações entre fotografia em preto & branco e em cores foram definidas mediante confrontos do mesmo objeto interpretado nestas duas formas técnicas, ou da verificação no modo em que a pele e o corpo se esculpiam à luz da ausência ou presença da cor.
Na foto “Camisa rosa com torso negro”, Mário Cravo Neto explora a relação entre cores e luz. A imagem faz parte da série “Laroyé” e está em exposição no Instituto Tomie Ohtake ©Mário Cravo Neto
As imagens emblemáticas de orixás e a dor transposta em imagem fotográfica são também tratadas nesta exposição. Imagens de cicatrizes ou uma instalação sobre um toldo de suas câmeras fotográficas carbonizadas num incêndio apontam a correlação entre dor e fotografia, uma das possíveis tarefas do artista. A mostra teve inauguração nesta semana e fica no ar até o dia 17 de dezembro. Vale conferir:
“Eternamente agora: um tributo a Mário Cravo Neto”
Até 17 de janeiro 2010, de terça a domingo, das 11h às 20h – entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima, 201 (Entrada pela Rua Coropés) – Pinheiros SP Fone: 11.2245-1900
+ www.institutotomieohtake.org.br