Um dos discos mais aguardados de 2010, “One Life Stand”, o quarto álbum do Hot Chip, foi anunciado como “o melhor da carreira da banda”. O portal FFW conversou com Joe Goddard, uma das cabeças por trás do enigmático grupo britânico que fundiu os limites entre o eletrônico cabeçudo e o pop acessível.
Capa de “One Life Stand”, o quarto disco de estúdio do Hot Chip © Divulgação
Como é o processo criativo da banda?
Geralmente somos eu e o Alex que escrevemos as músicas. Os meninos entram com sugestões, insights e tal. Mas varia muito… Alguns dias eu levo uma melodia, dia que Alex traz uma letra. Depende muito.
O que vocês estão preparando para a nova turnê que começa em 12 de fevereiro?
Vamos usar muitos equipamentos high-tech e tocar todas as músicas antigas em versões inéditas. Queremos experimentar coisas novas. Temos um novo baterista, também, e isso tem sido ótimo. A partir de fevereiro vamos começar a tocar em festivais ao redor do mundo. Depois faremos o verão europeu. Vamos tocar no Brasil também!
Acima, videoclipe da música “One Life Stand”, que dá nome ao novo álbum do Hot Chip
Você já tocou no Brasil uma vez, no Tim Festival. Que lembranças tem desses shows?
Comprei muitos discos!
Quais?
Hmm… Caetano Veloso, Jorge Ben, Gilberto Gil. Desde clássicos da Tropicália até coisas contemporâneas como baile funk. O Brasil tem um senso de ritmo maravilhoso.
O que você ouvia quando criança, adolescente, jovem… e agora.
Quando era criança eu ouvia muita música clássica e Beach Boys. Foi a minha formação. Depois, com uns 12, 13 anos, eu adorava Velvet Underground e Beastie Boys. Depois comecei a conhecer grunge, como Smashing Pumpkins, Nirvana. Quando era mais velho, uns 20 anos, ouvia drum and bass, house music e, mais recentemente, Disco music. Hoje eu voltei a ouvir house e tecno alemão.
O que te levou de volta a esses dois gêneros?
Acho que foi discotecando. Hoje eu tenho pouco tempo pra ouvir música como passatempo. Algo como 20 minutos diariamente. Mas discotecando, profissionalmente, eu sou obrigado a pesquisar coisas, comprar muitos discos.
Para que direção você acha que a música eletrônica vai caminhar nos próximos anos?
[Pensativo] Bom, é difícil saber. Mas eu acho que na Inglaterra estão acontecendo coisas interessantes inspiradas no estilo garage. É claro que muitas coisas estão acontecendo ao mesmo tempo, e de diferentes maneiras. Mas a minha aposta seria nessas bandas, que se inspiram no garage rock e procuram novas formas de fazê-lo.
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