Por Raisa Carlos de Andrade, em colaboração para o FFW
A cantora Karina Zeviani ©Felipe Abe
Após 19 anos afastada das passarelas, Karina Zeviani aceitou desfilar novamente. Ex-integrante do Nouvelle Vague, a cantora também assinou a trilha com sonoridade minimalista, se adequando perfeitamente ao tema da coleção da OESTUDIO, baseada na sobrevivência altruísta.
Com dez versos e mensagem densa, ‘Engenharia do Ser’ foi composta em parceria com Ian Longwell, baterista da Santigold (letras dela, produção dele), e Mauro Refosco, percussionista do Red Hot Chilli Peppers. A música foi apresentada ao público pela primeira vez equanto Zeviani descobria que desfilar é daquelas coisas que permanecem. “Foi bem legal. Fiquei apreensiva, pensando se daria certo pelo comprimento da música, pela mensagem da música. Fico me perguntando se as pessoas estavam prestando atenção na letra. Acho que sim, porque fala justamente do homem híbrido, que pode usufruir do melhor de si. Um cara sensitivo, sentimental, que pode usar a tecnologia para potencializar tudo isso”, conta.
Empolgada com o projeto que tomou forma ao visitar o estúdio de Ian em Nova York há cerca de um mês, Zeviani cogita uma possibilidade de ampliar o projeto. A cantora conheceu o músico quando Santigold se apresentou no festival Back2Black, em 2012, no Rio. Já Mauro é um amigo de longa data, chamado por ela de padrinho.
A música se constituiu de forma semelhante à sua temática, com grande influência tecnológica para afinar a distância. Enquanto Karina mandava as linhas vocais do Rio de Janeiro, Mauro e Ian mostravam o trabalho por videoconferência em Nova York. “Fiquei com vontade de fazer um disco todo pelo Skype com os meninos, até para fazer parte do projeto, uma troca online”, diz, comemorando o êxito da união despretensiosa.