FFW
newsletter
RECEBA NOSSO CONTEÚDO DIRETO NO SEU EMAIL

    Não, obrigado
    Aceitando você concorda com os termos de uso e nossa política de privacidade

    A história de reviravolta da modelo Kate Moss

    De garota propaganda da Calvin Klein à musa de Alexander McQueen, Kate Moss completa 50 anos, com seu estilo rockstar imortalizado na indústria da moda.

    A história de reviravolta da modelo Kate Moss

    De garota propaganda da Calvin Klein à musa de Alexander McQueen, Kate Moss completa 50 anos, com seu estilo rockstar imortalizado na indústria da moda.

    POR Laura Budin

    É indiscutível o impacto que Kate Moss teve desde os anos 1990 na moda. Seu estilo autêntico é a personificação do rock & roll, do glamour e da rebeldia que fez dezenas de designers, marcas e fotógrafos se apaixonarem por sua figura. Seu visual é caracterizado por uma mistura eclética, às vezes boêmia e lúdica, às vezes grunge e chique. Os looks que Kate usava para ir a festivais de música como o Glastonbury estampavam sites e capas de revista de moda (e de fofocas) e eram copiados por milhares de meninas mundo afora – destaque para as botas Hunter Wellington viralizadas por Kate.

    A supermodelo inglesa – até considerada anti-modelo por suas características físicas e personalidade intrigante – foi descoberta no JFK, aeroporto de Nova York, com apenas 14 anos por Sarah Doukas e Simon Chambers, co-proprietários da agência de modelos Storm Management. Anos depois, a carreira de Kate transformou-se em uma das mais marcantes da época, tornando-se uma das modelos mais influentes dos últimos anos – a quem diz que Kate é o que toda modelo sonha ser.

    A modelo nascida em Croydon, um bairro dos arredores de Londres, tinha uma beleza imperfeita que exalava inocência, a antítese do padrão glamuroso das supermodels da geração anterior. Suas origens britânicas e visual off-duty eram a definição do verdadeiro cool das garotas das ruas da capital Londrina.

    O nascimento de uma supermodel às avessas

    Sua carreira se iniciou em 1990 quando foi fotografada por Corinne Day e publicada pela primeira vez na revista The Face. Em seguida, em 1992, a garota de “apenas” um metro e setenta estampou a campanha global da Calvin Klein ao lado do ator Mark Wahlberg fotografada por Herb Ritts. No entanto, o trabalho que impulsionou sua carreira não foi tão confortável para Kate que relembrou o shooting em entrevista para a radio BBC 4 em 2022, dizendo: ‘‘Acho que eles jogaram com minha vulnerabilidade. Eu era muito jovem e inocente, e Calvin adorou isso’’

    Kate Moss e Mark Wahlberg na campanha da Calvin Klein de 1992.

    Momentos marcantes

    Ao decorrer dos anos, a ‘‘anti-supermodelo’’ acumulou uma lista infinita de desfiles, campanhas e eventos marcantes para a moda, dentre eles: o look fantasioso do Verão de John Galliano de 1994, o encerramento da coleção de alta costura de Inverno de 1995 ao lado de Gianni Versace, seu look arrematado por um picolé na passarela de Vivienne Westwood para a coleção de Verão de 1995, o icônico desfile da Gucci de Verão de 1996, na Era Tom Ford e o debut do seu cabelo rosa no desfile de Verão de 1999 da Versace.

    Entre as passarelas, as incontáveis capas de revista e as festas, a vida amorosa de Kate era tão agitada quanto sua carreira. Seu relacionamento com Johnny Depp de 1994 a 1997 entregou à modelo momentos marcantes dentro da esfera do cinema hollywoodiano desde o momento em que o conheceu no Café Tabac em Nova York. Outro relacionamento marcante de Kate foi com Pete Doherty, seu parceiro de festas e festivais de rock, além de Jamie Hince com o qual se casou em 2011 usando o memorável vestido feito por John Galliano.

    O auge do heroin chic e a queda

    No entanto, o termo heroin chic originado pela modelo americana Gia Carangi começa a tomar as manchetes que descreviam modelos como Moss. A estética definida por modelos de pele pálida com olheiras – aquelas que indicavam rotinas incansáveis de festas e trabalho – e uma magreza súbita, se opondo ao antigo padrão representado por nomes como Brooke Shields, Christie Brinkley, Elle Macpherson e, claro, Cindy Crawford.

    Apesar da ideia de ‘‘drugs are cool’’ popularizada indiretamente por revistas e marcas nos anos 1990 – alusão à magreza – foi apenas em 2005 que o primeiro escândalo com drogas afetou a carreira de Kate. O jornal britânico Daily Mirror publicou fotos tiradas de um vídeo onde a modelo aparece usando cocaína ao lado do namorado, o então vocalista da banda de rock Babyshambles, Pete Doherty. O resultado foi desastroso para a modelo que perdeu contratos com a Burberry, Chanel e H&M.

    Capa do Daily Mirror London de 2005.

    O momento doloroso na carreira de Kate Mossa deu abertura para um dos momentos mais marcantes da moda contemporânea: sua aparição como holograma no desfile de Inverno 2006 de Alexander McQueen, um ano após o escândalo. A ilusão de ótica foi revivida em 2014 na exibição ‘‘Alexander McQueen: Savage Beauty’’ no The Costume Institute do MET em Nova York.

    De modelo à empresária

    Em 2023, Kate lançou sua marca COSMOSS focada em bem-estar. Em comentário para a Harper’s Bazaar India, a modelo explicou: “Ainda gosto de me divertir, mas também gosto de cuidar de mim mesma. É esse espírito que parece ressoar nas pessoas e é o que elas amam na COSMOSS. Minha marca tem tudo a ver com equilíbrio’’, justificando sua mudança de lifestyle.

    Kate Moss para a campanha de sua marca COSMOSS.

    No entanto, esse não foi o primeiro passo de Moss dentro do empreendedorismo, a modelo já teve uma coleção de roupa para a Topshop em 2007 – que esgotou em um dia – e uma linha de perfumes no mesmo ano. Além disso, Moss já criou bolsas para a Longchamp em 2010, uma coleção de batons para a Rimmel em 2011, em 2020, uma colaboração de joias com a Messika. A modelo também abriu sua própria agência, nomeada Kate Moss Agency em 2016 que agencia criativos de diversas áreas, além da própria moda.

    Ainda em 2023, sua relevância e importância foram relembradas em momentos como o tributo feito por Matthieu Blazy pela Bottega Veneta, onde o diretor criativo homenageou a supermodelo em um livro feito de fotos e colagens de Moss, além de sua aparição como ‘‘new face’’ da campanha da Saint Laurent.

    Livro tributo de Matthieu Blazy, diretor criativo da Bottega Venta, para Kate Moss.

    Apesar dos contratempos, Kate sempre foi um símbolo para a geração rebelde da moda tornando-se uma das modelos mais bem pagas da época e acumulando mais de 300 capas de revistas feitas. Celebramos Kate Moss e seus 50 anos como uma figura de estilo indiscutível e presença impactante que inspira o modo de se vestir de gerações por meio de moodboards, a volta de tendências e seus ousados e belíssimos looks.

    Não deixe de ver
    Cantão lança a coleção Mergulho celebrando a força feminina
    O desfile da Victoria’s Secrets de 2024 até tentou, mas agradrou?
    Victoria’s Secrets Fashion Show 2024 volta com mais diversidade
    Tudo sobre o Victoria’s Secret Fashion Show 2024
    Silvério anuncia Sud como diretor criativo da linha Essencial
    Converse volta com clássico modelo de cano alto 18 anos depois
    DRAPEADOS SÃO AS GRANDES APOSTAS DO VERÃO 2O25
    FARM Rio e Adidas celebram uma década de criatividade em nova coleção
    “Impecável: a confecção do estilo negro” é o tema da próxima exposição do met
    Simon Porte Jacquemus é o novo curador da exposição de Lalanne na Christie’s
    FFW