A estilista Flávia Aranha acaba de revelar sua mais nova coleção que leva o nome de Mulher Aranha com peças em tear feitas pela comunidade de artesãs de Muquém, distrito da cidade de Carvalhos, MG, parceria intermediada por Renato Imbroisi e pela Cris Pereira Barretto. Todo o trabalho junto as artesãs foi documentado no filme A Teia das Mulheres de Muquém, assinado por Cai Ramalho, e faz parte da campanha do novo lançamento.
Eva, artesã mais antiga do grupo, aprendeu o tear manual com a sua mãe e ensinou todas as mulheres e jovens da região. No vídeo, ela conta um pouco de sua história de vida, dedicada à tecelagem e ao ensino.
As artesãs de Muquém trabalham com a tradição do tear manual da região, utilizando como base o algodão cru e retalhos de tecidos para criar diversas padronagens, além da fibra de taboa e bordados. Para Flavia Aranha, elas desenvolveram um padrão que usa um ponto de tecelagem mineira chamado Ribeirão, aplicando retalhos da própria marca à trama.
Além de apoiar e trabalhar com um grupo de artesãs capacitadas, que tiram seu sustento e autonomia financeira através da tecelagem, Flavia também viu nessa colaboração a oportunidade de dar um novo fim aos retalhos da marca, praticando a circularidade de sua produção.
Na coleção, Flavia Aranha explora o arquétipo da aranha, que constrói e repara os fios da teia diariamente, em um ofício constante e interminável, tecendo seu próprio destino, que também é sua casa. “Como essas tecedeiras, nas suas vidas e trabalho, como todas nós mulheres, de alguma forma”.