A mídia francesa noticiou durante as primeiras horas de hoje (18.11) a morte do estilista tunisiano Azzedine Alaïa, aos 77 anos, por parada cardíaca.
Conhecido por ser um dos únicos a ainda desafiar os calendários de moda oficiais, ele apresentava suas coleções para imprensa e clientes em eventos separados em seu ateliê em Paris, onde foi radicado como um dos mais importantes estilistas da atualidade.
A paixão de Alaïa pela moda começou ainda na adolescência, quando lia fielmente as páginas da revista Vogue. Desde então, mentiu sua idade para conseguir entrar na École des Beaux-Art em Tunis, sua terra natal. Mudou-se para Paris ainda novo e começou a trabalhar com Christian Dior, sendo demitido por imigrar ilegalmente ao país. Em 1980, apresentou sua primeira coleção de ready-to-wear.
O estilista ganhou notoriedade por roupas que pareciam verdadeiras obras de arte, certamente herança dos estudos de escultura na época da faculdade. Couro, fetiche, proporções ousadas e um profundo conhecimento de silhueta e habilidade técnica logo se tornaram marcas registradas de Azzedine.
Querido no mundo da moda, era amigo dos principais editores e das mais famosas modelos do mundo. Todos usaram as redes sociais e suas páginas na internet para lamentar a morte do estilista. Editor da Vogue britânica, Edward Enninful foi só elogios: “Azzedine Alaïa era visionário e marcante. Todos que o amavam e conheciam sentirão muitas saudade, assim como as mulheres que usavam suas roupas ao redor do mundo”, afirmou em declaração publicada no site da revista.
Aguarde nosso especial em homenagem ao estilista.