Seguindo os passos de outras grifes importantes, como mais recentemente foi o caso da Gucci, a Bottega Veneta anunciou a unificação entre desfiles masculinos e femininos na próxima temporada, Verão 2017, desfilada em setembro, em Milão.
A decisão, ainda temporária, é parte das comemorações em torno dos 50 anos da marca, fundada em 1966. “2016 é um ano importante para a Bottega Veneta e merece uma comemoração que vise ainda mais desenvolvimento na marca”, explica Carlo Alberto Beratta, CEO da Bottega, ao Business of Fashion.
Apesar de temporária, a mudança segue os passos de importantes marcas e semanas de moda, e pode ir além do ano comemorativo. “Eu acho que essa nova fase pode ser continuada para além de 2016 como uma evolução natural”, diz Beratta. A decisão de expandir a mudança para os anos seguintes reflete grandes transformações pelas quais vem passando o sistema da moda. Entre adoções e rejeições ao novo sistema de “see now, buy now”, é inegável que a esmagadora maioria das marcas do circuito nacional e internacional estão revendo suas dinâmicas de produção e venda.
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Há 15 anos à frente da Bottega Veneta, o diretor criativo Tomas Maier desfila estéticas parecidas para homens e mulheres. Atualmente, divide as coleções nas semanas masculina e feminina de Milão. Apesar do anúncio das mudanças, estilista e marca preferem não mudar o delay entre desfile e início das vendas. “Nosso compromisso com a habilidade única dos nosso artesãos e com a qualidade dos nosso materiais nunca vai mudar, assim como a atemporalidade das nossas peças.”, conta Beratta. “O tempo é essencial para alcançar essas conquistas em cada uma das nossas peças”, completa.
Vale destacar que, ambas Gucci e Bottega, agora optam por um calendário de entrega estritamente parecido e pertecem ao mesmo grupo. Quando do anúncio das mudanças na Gucci, François Henri-Pinault, CEO do grupo que é dono das duas marcas, esclareceu que deixaria a cargo da direção de cada uma delas a decisão sobre mudança de calendários.