Tudo começou com o verão 2010 da Celine – que, assim como a Lanvin, se tornou uma grife de referência para algumas marcas brasileiras. Simples, prática e sofisticada, a coleção apresentada pela estilista Phoebe Philo se conectou de imediato ao estilo de vida das mulheres (de verdade) do século 21.
Na mesma temporada, outras grifes como Balenciaga, 3.1 Philip Lim e Hermès investiram numa versão incomum de camiseta. Em vez de algodão, jérsei ou poliéster, elegeram o couro como material para dar forma (e peso) às peças. Meses depois, as camisetas de couro – que não pareciam adequadas – se tornaram extremamente desejáveis.
Maison Martin Margiela inverno 2010, Balenciaga, Celine verão 2010 e TNG inverno 2010 © FirstView e Agência Fotosite
Algumas marcas brasileiras resolveram seguir essa micro tendência. Na TNG, Mauricio Ianês brincou com a camiseta de couro, fazendo mixagem com vestidos de tricô. A estilista Patrícia Viera, conhecida como a “papisa do couro” no Brasil, também mostrou algumas variações do modelo.
Já falamos aqui que, através de avançadas tecnologias têxteis, hoje é possível deixar o couro leve, maleável e confortável.
O uso de camisetas não-básicas tem se mostrado uma alternativa esperta na hora de turbinar um look simples. Além disso, é importante relembrar que desde 2008 os vestidos tem perdido força nas passarelas, dando cada vez mais lugar aos looks separates (compostos por 2 ou mais peças independentes). Neste contexto, as t-shirts são essenciais.
Primeiro veio a Prada, depois Hussein Chalayan e até Alber Elbaz (para Lanvin) criaram linhas especiais só de camisetas, adicionando detalhes para fazer a diferença: modelagens, estampas, aplicações e bordados agregam valor e informação de moda, transformando as camisetas nos itens perfeitos para quem busca simplicidade e praticidade, mas sem abrir mão da elegância.