Depois da passeata feminista, do supermercado de tamanho real e da brasserie, o que Karl Lagerfeld inventaria para esta temporada de Alta-Costura em Paris? Para o Inverno 2016, a Chanel transformou o Grand Palais, aos pés da Champs-Élysées, em um cassino luxuoso Art-Déco, daquele tipo de antigamente, que não existe mais.
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Para apresentar a coleção intitulada Cercle Privé (círculo privado, em francês), foi montado um cenário com pilares, estofados e tapetes com os tradicionais Cs da grife dando o clima do Cassino Chanel, que ainda contava com mesas de jogo (com logos da Chanel, claro) posicionadas ao centro. Encostadas nas paredes, máquinas caça-níqueis, que fizeram a festa dos convidados na hora das selfies após o desfile, como Miroslava Duma.
Dessa vez as musas de Lagerfeld não estavam sentadas na fila A: elas fizeram parte do desfile. A atriz Kristen Stewart, rosto da marca, abriu a apresentação e se sentou à mesa de apostas. Depois veio Julianne Moore, escoltada por Gabriel Day-Lewis (filho de Daniel Day-Lewis e debutante na passarela).
Julianne se posicionou ao lado de Kristen — as colegas de “Para Sempre Alice” se cumprimentaram com um abraço caloroso.
Enquanto as modelos desfilavam em torno das mesas, os famosos faziam as vezes de figurantes jogando roleta. Na primeira mesa, Lily-Rose Depp estava empolgada para jogar, sob os olhares da mãe, Vanessa Paradis. Também estavam lá Rita Ora, o modelo Baptiste Giabiconi, Lily Collins, Lara Stone, Jemima Kirke, Stella Tennant e G-Dragon, entre outros.
Na passarela, quem mais chamou atenção foi Kendall Jenner, que fechou o desfile como a noiva da Chanel, momento em que Karl Lagerfeld aproveitou para mostrar sua leitura do gender bender.
Nesta temporada, a noiva não abandonou o branco, mas trocou o vestido por um terno composto por um blazer com bolsos e calças retas.
Se as ombreiras e os sapatos saídos diretamente dos anos 1980 parecem mais difíceis de serem adotados, o terno da noiva tem tudo para virar mania.