A Kenzo é uma das marcas que melhor produz fashion films. Com peças do Resort e Verão 17 masculino, Club Ark Eternal, o novo curta tecnicolor da marca celebra a dança. Dirigido por Partel Oliva, que já produziu cinco filmes para a grife, com coreografias coordenadas por Ryan Heffington (que dirigiu Maddie Ziegler, a bailarina mirim do clipe Chandelier, da Sia), o vídeo de sete minutos foi inspirado na dança africana quizomba. Numa viagem a Angola, onde a dança originou-se, Partel estava filmando uma modelo angolana enquanto discutiam sobre a dança local. “Eu não vim para este mundo dançar”, afirmou a modelo. Foi daí que veio a inspiração para o filme – esta fala, aliás, quase foi o título do curta.
A ideia foi homenagear a vida noturna nos clubs, locais que são, segundo Partel, uma “fonte poderosa de energias alternativas contra o racismo, a opressão sexual e a violência de classe”. Para não ser óbvia e fazer um filme com pessoas dançando frivolamente, a abordagem dada foi mais profunda. Para tanto, a diretora se reuniu com Ryan, o coreógrafo, e mostrou aos dançarinos o vídeo de um homem dançando, claramente amador, com feições concisas, como se estivesse concentrado em seu pensamento à beira de uma grande descoberta. “É sobre a dança como prazer e privilégio”, explicam Partel e Ryan.
Sendo assim, a estrutura do vídeo foi montada pensando na sequência de uma dança improvisada e profunda, “como um dançarino procurando seus passos”. “A estrutura do filme move-se através das fases da experiência [da dança]: indução, respiração, êxtase, agitação, ilusões sensoriais, visões. Às vezes a dançarina atinge a perfeição, às vezes não”.
Assista ao Club Ark Eternal: