Desde o fim de julho, quando foi confirmada a saída de Alexander Wang da Balenciaga, o mundo da moda vem imaginando quem poderia sucedê-lo.
Diretor criativo da maison espanhola desde 2012, quando substituiu Nicolas Ghesquière, Wang tentou implementar na Balenciaga características da estética de seu criador, Cristóbal Balenciaga. Roupas com corte impecável, volumes por vezes exagerados, adaptando ao seu olhar acostumado a uma mistura fina de luxo e street.
Agora em contagem regressiva, Alexander Wang vai apresentar seu último desfile à frente da maison nessa sexta (02.10) durante a semana da moda de Paris. O burburinho em torno da apresentação é grande não somente pelo fato de toda a indústria da moda voltar suas atenções para a despedida, mas pela possibilidade da marca anunciar, em breve, o sucessor de Wang.
A Balenciaga, em todas as suas fases, sempre foi muito bem reconhecida pela vanguarda em cortes, materiais e texturas.
Segundo o “New York Times”, três nomes são os mais bem cotados à sucessão de Wang. Fato curioso é que todos os três ocupam atualmente cargos em outras marcas. A favorita é Chitose Abe, atualmente à frente da japonesa Sacai, dona de uma estética esportiva que, em alguns momentos, lembra Balenciaga pela objetividade e elegância dos cortes.
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Outro favorito é o atual diretor criativo da Paco Rabanne, o talentoso Julien Dossena, na marca desde 2014. Num paralelo com Balenciaga, a vantagem de Dossena é estar acostumado a trabalhar com materiais mais vanguardistas e inovadores a cada temporada à frente da Paco Rabanne. Ele deu vida nova para a marca e a transportou para o radar do agora. Assim, a estética e identidade de Cristóbal como estilista de vanguarda não estariam comprometidas com a mudança.
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A terceira favorita é francesa de descendência marroquina Bouchra Jarrar, que atualmente está à frente de sua própria marca. Jarrar, que trabalhou por 10 anos na Balenciaga sob o comando de Nicolas Ghesquière, é conhecida por uma estética minimalista e feminina e desfila na temporada de Alta-Costura.
Outros boatos deram conta de que o coletivo Vetements poderia entrar na grife, talvez a escolha mais surpreendente por se tratar, de fato, de um grupo em vez de centralizar na figura de um estilista.
Todos os “cotados” são franceses, ao contrário de Wang, que é americano. Mas o que parece certo é que a escolha deve girar em torno de um novo mais novo, menos estrela, e que ainda assim tenha inteligência e olhar para trabalhar com um legado icônico e levá-lo um passo à frente: que a beleza do que se vê na passarela se transforme em uma roupa possível e desejável.