FFW Radar: conheça a Cie de Gabriel Ciepielewski Engers
A partir de doudounes e efeito puffer, o designer cria um guarda-roupa completo
FFW Radar: conheça a Cie de Gabriel Ciepielewski Engers
A partir de doudounes e efeito puffer, o designer cria um guarda-roupa completo
Nome, idade:
Meu nome é Gabriel Ciepielewski Engers, tenho 25 anos.
Onde reside, onde começou a marca?
Resido em Canela, Rio Grande do Sul. Cidade onde também fundei e opero a Cie.
Qual sua formação?
Sou estudante de moda.
Quando começou a marca em si? Como surgiu a ideia/vontade…
A marca surgiu a partir de uma necessidade criativa.
Desde pequeno sou muito curioso. Eu costumava desmontar, construir e criar qualquer coisa que estivesse ao meu alcance. Também cresci numa região de muita natureza, com acesso ao mato, florestas e rios: sempre gostei de me aventurar nesses espaços e explorar o ambiente ao meu redor.
Fui me interessando e produzindo arte ao passar dos anos, mas sentia falta de um ponto de vista técnico nas minhas etapas criativas. Em paralelo a isso, acompanhando o cenário musical, comecei a prestar mais atenção no mundo da moda. Costumavam ser peças de roupas que eu não tinha acesso.
Comecei por uma pesquisa básica de modelagem pelo YouTube e percebi que tinha interesse no método criativo. Comprei alguns tecidos e pedi para uma costureira da minha cidade me ensinar a manipular a máquina de costura. Me senti à vontade na construção das primeiras peças e soube que eram atividades e técnicas que eu queria continuar desenvolvendo: então nasceu a Cie.
Apesar de, no papel, a marca ter completado um ano, é uma ideia que vem se desenvolvendo há pelo menos seis anos.
Como define o seu trabalho, sua estética, seu universo criativo?
É um trabalho técnico, metódico e pessoal. Antes de explorar conceitos artísticos e criativos, procuro entender as minhas necessidades, materiais disponíveis, possíveis modelagens, acabamentos e olhar atencioso para as etapas de construção de cada peça. Depois de ter as prototipagens desenvolvidas, começo a adentrar nas novas possibilidades de contextualização e criação.
Minha estética é simples e minimalista. Meu universo criativo se baseia nas interações com as matérias primas, nas formas, nas experiências de vida e necessidades minhas e do meu ciclo afetivo. No fim, é sobre observar as interações pessoais e experimentar novas perspectivas inventivas.
Quais os materiais que costuma e/ou mais gosta de usar?
Gosto de tecidos compactos. Tenho manuseado desde materiais sintéticos até fibras naturais. Das matérias primas sintéticas, procuro trabalhar com materiais tecnológicos e de alta performance, podendo variar de tecidos leves a tecidos mais pesados.
Em relação às fibras naturais, gosto de tecidos densos. Tenho adorado trabalhar com lonas de algodão de diferentes gramaturas. Quanto mais grossa, melhor.
Sobre aviamentos, tenho preferência por metais e plásticos com maior densidade. Sempre opto por marcas certificadas e reconhecidas no mercado.
Quais os próximos passos?
Aumentar a capacidade criativa e produtiva da marca. Ainda assim, quero manter remessas enxutas que fujam da ideia de consumo rápido.
Onde as peças podem ser encontradas?
Os lançamentos costumam ser irregulares e sob demanda. É comum os consumidores me procurarem para conversar sobre as peças que têm interesse e sobre o que podemos desenvolver.
Os produtos podem ser vistos pelo Instagram da Cie (@cieseason) ou pelo meu perfil pessoal (@engerss), onde mostro mais o processo criativo e o cotidiano da marca.
Orçamentos, aquisições e conversas podem ser feitos diretamente pelo Instagram, ou através do e-mail gabrielcengers@hotmail.com.
Se tivesse que definir em uma palavra suas peças, qual seria?
Experimento.
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